US$ 1 BILHÃO. Advinha quem planeja financiar superporto no Uruguai, concorrente de Rio Grande
POR MAIQUEL ROSAURO
Polêmico. É o mínimo que se pode dizer sobre o apoio que o Brasil planeja dar ao novo superporto que será construído no Uruguai, a apenas 288 quilômetros do terminal de Rio Grande. Leia abaixo na matéria do jornal Correio do Povo:
Brasil planeja apoio a superporto que concorrerá com Rio Grande
O Brasil está em vias de entrar em uma polêmica no Mercosul ao apoiar um superporto no Uruguai que poderá roubar cargas dos terminais brasileiros. O apoio do Brasil, repetindo um financiamento a Cuba, deve ser forte: 1 bilhão de dólares do BNDES, segundo fontes que acompanham a negociação, conforme publicou o jornal O Globo. Maior oferta de frequências marítimas, fretes mais baratos, tempo de deslocamento menor e possibilidade de alcance do mercado asiático pelo Estreito de Magalhães, em condições de concorrência com o Canal do Panamá, atraem o Brasil. Operadores portuários brasileiros, no entanto, temem a concorrência com um porto mais moderno que os nacionais, principalmente no Sul.
O empreendimento será construído em Rocha, a 288 quilômetros de Rio Grande, onde está o mais importante porto do Rio Grande do Sul. O projeto uruguaio é ousado: calado (profundidade) de 20 metros, que permitirá a atracação de navios com capacidade para até 180 mil toneladas. Os portos do Sul do Brasil têm, no máximo, 14 metros de calado e recebem navios com até 78 mil toneladas.
O governo uruguaio publicou na Internet estimativas sobre o novo porto. Em 2025, deve movimentar 87,5 milhões de toneladas, mais do que a soma dos terminais de Paranaguá (com 44,7 milhões de toneladas em 2013) e Rio Grande (com 33,2 milhões de toneladas em 2013). É esperado que uma empreiteira brasileira faça as obras em Rocha. É o mesmo modelo adotado pelo BNDES para financiar com 685 milhões de dólares o porto cubano de Mariel, reformado pela Odebrecht.
“Não podemos financiar concorrentes”
O presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli, considera preocupante o apoio do governo brasileiro à construção do porto em Rocha, no Uruguai. ‘Não podemos financiar um concorrente enquanto temos grandes carências em acessos terrestres e aquaviários e na infraestrutura portuária’, assinalou em declaração publicada no site da associação.
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E, se a Dilma se reeleger, o financiamento vai sair.
E sabe quem pediu para a Dilma conceder este financiamento: Ora , o Tarso mentiroso.