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Eu vi o futuro (?) do Brasil e fiquei assustado – por Carlos Costabeber

Aproveitando a viagem à Turquia, dei uma “espichada” até a GRÉCIA – outro sonho que precisava ser realizado.

Mas além do interesse turístico, desejava ver de perto o que estava acontecendo com um país que foi o mais atingido pela crise econômica que ocorreu a partir de 2009.

E realmente a Grécia é um país “quebrado”. As coisas começaram a se complicar com a mudança do Dracma (1ª moeda europeia) para o EURO. Era evidente que uma moeda única não serviria ao mesmo tempo para economias tão dispares, como a Alemanha e a Grécia (os gregos sonham em voltar ao Dracma).

Mas, afora a questão da moeda, procurei saber quais eram as semelhanças que levaram a Grécia ao fundo do poço, e a realidade brasileira atual.

Claro que são países muito dispares! Enquanto somos um país continental com 200 milhões de habitantes, a Grécia é pequena, com seus 11 milhões de habitantes. Mas os dois países se assemelham em muitas questões preocupantes, e é essa a avaliação de cunho pessoal que vou tentar sintetizar – e que pode servir de alerta para os empresários, e para os cidadãos de maneira geral. Senão vejamos algumas dessas “coincidências” entre os dois países:

1) Não foram feitas as REFORMAS: orçamentária, previdenciária, trabalhista, politica, comercial, entre outras;

2) Forte expansão dos GASTOS PÚBLICOS e dos programas sociais; Rombo crescente nas contas previdência social;

3) CORRUPÇÃO crescente e institucionalizada, agravada pela impunidade;

4) Executivo e legislativo sempre pensando e agindo em relação à PRÓXIMA ELEIÇÃO;

5) CARGA TRIBUTÁRIA elevadíssima;

6) Total DESCRÉDITO com a classe politica; e

7) DIVIDA INTERNA crescente.

NOSSOS AGRAVANTES:

1) Ainda convivemos com índices de miséria inaceitáveis;

2) Nossa educação é deficiente, e cada vez mais distante dos padrões do 1o. Mundo;

3) A saúde ainda tem níveis de precariedade, e a segurança está aí posta;

4) Infraestrutura obsoleta e ineficiente, com o “custo Brasil” encarecendo tudo o que aqui se produz;

5) Indústria perdendo produtividade, competitividade e participação no PIB brasileiro;

NOSSAS ATENUANTES:

1) Agricultura: o Brasil está se tornando o “celeiro do mundo”;

2) Petróleo: com o Pré-Sal, Brasil deve se tornar uma potência energética;

3) O país vive o pleno emprego;

4) Um imenso mercado interno;

5) Renda média com crescimento real;

6) Sistema financeiro sólido;

7) Boas reservas cambiais.

Enquanto isso, o gregos se sustentam com o TURISMO (5º maior do mundo), sua maior fonte de renda. E com uma belíssima infraestrutura, mas que foi feita a base de um brutal ENDIVIDAMENTO.

Mas, por outro lado:

1) Convivem com um desemprego absurdo de 26%,

2) Têm os preços mais elevados da Europa;

3) Os bons profissionais estão migrando para países como Inglaterra e USA;

4) A inadimplência é assustadora (na classe média). As pessoas renegociam seus empréstimos, e mesmo assim não conseguem honrá-los;

5) Quebradeira de empresas;

6) A carga tributária e as tarifas públicas se elevaram tanto, que estão levando ao aumento da sonegação e da inadimplência;

7) A economia em profunda recessão; e,

8) O sistema bancário é muito frágil.

Poderia me alongar muito mais nessa análise, já que a “observação in loco” tem um valor infinitamente maior do que acompanhar as matérias divulgadas pela imprensa.

Não consigo sonhar com a possibilidade do Brasil vir a ser uma Grécia ou uma Argentina. Mas tenham a mais absoluta certeza: SE NÃO FOREM FEITAS AS CORREÇÕES DE RUMO EXIGIDAS, nosso querido Brasil corre seríssimos riscos de entrar para a lista negra dos países insolventes. O “elástico está chegando no limite”.

E dai, o que será das próximas gerações de brasileiros, QUE TERÃO DE PAGAR ESSA CONTA?????

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