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Fim do Vestibular exige mudança de atitude – por Carlos Costabeber

A decisão da UFSM em acabar com o vestibular apanhou toda a comunidade local de surpresa. Claro que a decisão viria mais cedo ou mais tarde, mas não dessa forma; abrupta, inesperada e sem medir as consequências imediatas. Mas a decisão é irreversível, e todos os que direta ou indiretamente estão envolvidos no processo, devem se preparar para esse novo cenário.

Não tem volta! A UFSM entrou no radar dos alunos de todo o Brasil, principalmente os cursos de primeira linha, que certamente receberão jovens procedentes de todos os rincões. Já a reciproca não é verdadeira, pois os candidatos de Santa Maria e da região não conseguirão competir nas principais universidades federais. Infelizmente, a maioria da nossa gurizada não tem o mesmo nível de preparo do que seus colegas do Rio, São Paulo ou Brasília; Curitiba ou Porto Alegre.

Já o regime de cotas, segundo um amigo e pesquisador da área da educação, é uma consequência da baixa qualidade do ensino fundamental brasileiro. Como não conseguimos preparar adequadamente os nossos jovens para as novas exigências do mercado, o Governo tenta “tapar o sol com a peneira”, criando programas de cotas para ingresso nas universidades e nos órgãos públicos federais. Se tivéssemos um ensino  fundamental público de qualidade, não haveria a necessidade de programas de inclusão social.

Também concordo plenamente com outro amigo santa-mariense que mora em Brasíia, e que me fez algumas considerações sobre a necessidade de Santa Maria ter de mudar de atitude:

Segundo o André, “a cidade, querendo decolar rumo a uma projeção regional e federal não pode ter uma economia e um comércio estruturados na demanda gerada pelos vestibulandos. Isso é suicídio a curto, no máximo médio prazo. Agora surgem novos desafios que você e a Agência de Desenvolvimento (ADESM) já haviam mapeado. Como segurar a massa multidiversificada que virá de todo o Brasil para cursar a UFSM? Agora, mais que antes, com esse novo cenário criado, urge a resposta a essa pergunta. Hora de reunir e planejar AÇÕES !”

E continua: “ um sem número de  jovens estão prestes a desembarcar no aeroporto, na rodoviária, trazendo novas culturas, tradições e potencial para catalisar, valores humanos para nossa cidade. Creio que certas amarras precisarão ser desfeitas: parada de 12 a 14 h para almoço, supermercados que não abrem aos domingos, proliferar bancas de jornais, restaurantes estruturados para atender nos sete dias da semana, imóveis em condições de ser oferecidos aos universitários… Mercado de Trabalho atrativo para aproveitamento!”

E conclui: “se já é uma realidade, esqueçamos os retrovisores e olhemos pelo para-brisa”.

Por fim, considero que, no geral, Santa Maria nada perderá com essa mudança. Pelo contrário, poderemos aproveitar ainda mais essa onda de “universalização” da UFSM, atraindo a aproveitando esses novos talentos.

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2 Comentários

  1. Acredito sim na manifestação do Sr. Carlinhos Costa Beber, e realmente precisamos acordar para o presente reformulando conceitos, e atualizando decisões, Santa Maria merece, Santa Maria precisa e todos nós podemos e todos nós somos capazes de realizar a verdadeira mudança rumo ao crescimento econômico mantendo compromissos comunitários. Com trabalho, com tecnologia, com administração voltada para o compromisso da população, vamos fazer a Santa Maria que tanto queremos ….

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