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Trocão do BIRD. E não é que Paulo Feijó volta à tona, e para detonar empréstimo de US$ 1,1 bi

A governadora Yeda Crusius não dá muita importância para seu vice, Paulo Feijó (na foto de Itamar Aguiar, da assessoria de imprensa do Palácio Piratini). Exceto, claro, pela questão institucional. Enfim, desde que os pratos foram quebrados, ainda antes de começar o governo, nunca o clima foi sequer de cordialidade – exceto a forçada pela formalidade.

 

O ápice do forrobodó, lembre-se, deu-se em meados de junho, quando estourou uma crise excepcional, a partir da divulgação de fita gravada por Feijó, de conversa dele com o então Chefe da Casa Civil, César Buzatto. Que caiu, junto com outros secretários.

 

Houve um pequeno interregno, em que o vice chegou mesmo a assumir o cargo, durante viagem de três dias de Yeda para a Europa. Depois, Feijó hibernou. Isso até esta segunda-feira, quando voltou à tona. E para quê? Ora, não foi pra elogiar o governo. Antes disso, fez sérias críticas ao supertrocão que o Banco Mundial (BIRD) financiou para o Rio Grande do Sul. Algo como US$ 1,1 bilhão. Quer saber o que ele pensa? Leia artigo que Feijó publicou na página que mantém na internet, e que não estava ativa há um tempão. Confira:

 

“O empréstimo do BIRD; nós, contribuintes, pagaremos a conta

 

Desde o início das tratativas do nosso governo para tomar o empréstimo do BIRD, opinamos vigorosamente contra a operação, considerando-a inoportuna, num momento em que o dólar, ao redor de R$ 1,60, se situava num dos mais baixos patamares da história. Para subsidiar nossos argumentos comparamos a taxa de câmbio da data da efetivação do financiamento com a de fins de janeiro de 1999, data da maxidesvalorização cambial, considerada então a ideal em termos das relações de trocas entre Brasil e Estados Unidos.

 

Essa comparação mostrou que o câmbio atual era de, aproximadamente, a metade do daquela época em termos reais e, em conseqüência, inequivocamente baixo para os padrões internacionais. Não era a hora, como advogamos, de se fazer empréstimos em moeda estrangeira, mas, ao contrário, de liquidá-los, postura inteligente, aliás, que vinha sendo adotada pelo setor privado.

A posição que assumimos não é pontual em relação apenas ao empréstimo. Temos demonstrado ao longo dos anos, seja como dirigente de empresas privadas, de instituições de classe, ou ainda como Vice-Governador do RS, que o estado deve administrar suas contas com a mesma parcimônia e rigor do setor privado. Nossa contrariedade a essa operação baseava-se em sua inadequação financeira. Estamos apenas mantendo coerência com a conduta que sempre adotamos contra quaisquer desacertos dos…”

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a íntegra do artigo “O empréstimo do BIRD; nós, contribuintes, pagaremos a conta”, de Paulo Afonso Feijó, vice-governador gaúcho.

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