Santa Maria Mais

SM MAIS (11). A alta tecnologia que ganha espaço e já começa a mostrar os primeiros (e ótimos) resultados

Tecnoparque: 11 empresas agora. Investimento que aponta para o futuro (Divulgação)
Tecnoparque: 11 empresas agora. Investimento que aponta para o futuro (Divulgação)

Com a UFSM e o Tecnoparque, cidade se consolida no setor da informatização e se torna um importante campo para investimentos nesse setor econômico. Objetivo é transformar a cidade em referência nacional na área até 2020

 Por JOYCE NORONHA e MARCOS FONSECA, Especial

SM MAIS SELOQuem poderia imaginar que minúsculos componentes eletrônicos poderiam levar Santa Maria a conquistar o espaço? Pois é isso que o avanço da tecnologia está permitindo. A cidade despertou para um setor que cresce no mundo, o da tecnologia da informação (TI), ou nada mais é do que o emprego da computação para executar as mais variadas tarefas do dia a dia. Desde uma ligação no telefone celular até o avião que decola, em tudo isso a informática está presente.

A cidade se insere nesse segmento econômico com a criação de um parque tecnológico, o Santa Maria Tecnoparque, um empreendimento inaugurado em 2013 com o objetivo de reunir empresas do setor de informática. A meta é, até 2020, transformar o Centro do Estado em referência nacional em termos de tecnologia da informação.

O Tecnoparque foi idealizado em 2005, com a missão de ser um local que promova o desenvolvimento da região, gere oportunidades de desenvolvimento científico e tecnológico e dissemine a cultura de empreender e inovar. Para colocar o plano em prática, foi construído um prédio de fachada moderna no Distrito Industrial, onde as empresas ficarão concentradas.

Inicialmente, 11 empresas irão funcionar no Santa Maria Tecnoparque. Elas já começam a se instalar no prédio. A estimativa é que, juntas, criem 450 empregos e faturem R$ 40 milhões por ano. Os empreendimentos são dos segmentos de iluminação, desenvolvimento de software e hardware, segurança e comércio.

Outra área que estará presente no Parque Tecnológico é o de simuladores para treinamento militar. A responsável pelo primeiro empreendimento é a fábrica de blindados alemã KMW. A empresa dará suporte ao Polo de Defesa de Santa Maria, que reúne Exército e Aeronáutica (o assunto foi tema específico, nesta série de reportagens). Dentro do polo, haverá um avançado centro de treinamento militar por meio de simuladores.

A KMW não será a única. A direção do Tecnoparque quer atrair mais empresas voltadas à criação de programas que gerem cenários virtuais de batalha para treinar os militares brasileiros e, inclusive, estrangeiros. Para isso, foi criado o Centro Tecnológico de Pesquisas e Desenvolvimento de Simuladores (Cetesim). Serão investidos R$ 2 milhões no incentivo às pesquisas, por meio de um convênio com o governo do Estado. Segundo a diretora presidente do Santa Maria Tecnoparque, Nilza Zampieri, esse convênio é fundamental para consolidar o projeto de desenvolvimento de um Polo de Defesa em Santa Maria.

Chip 100% produzido aqui, na UFSM. Menor que uma moeda de R$ 0,05 (Divulgação)
Chip 100% produzido aqui, na UFSM. Menor que uma moeda de R$ 0,05 (Divulgação)

Além das 11 empresas já selecionadas, outras deverão fazer parte do Tecnoparque. Para isso, está previsto para este ano a abertura de nova seleção para receber empreendedores.

UFSM LEVA O BRASIL À CONQUISTA DO ESPAÇO

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) será uma das principais referências do Parque Tecnológico e do centro de simuladores do Polo de Defesa. A instituição dará suporte ao desenvolvimento de novas tecnologias, graças ao seu largo conhecimento da área.

As demais empresas do Tecnoparque também poderão pegar carona nas pesquisas da universidade. Uma das integrantes do parque é a Santa Maria Design House (SMDH), empresa que pertence à UFSM e desenvolve circuitos integrados, os famosos chips. Essas minúsculas peças é que levarão o nome de Santa Maria ao espaço em 2014.

Apesar de os chips terem surgido meio século atrás, poucos países dominam essa tecnologia. O que a UFSM está fazendo é desenvolver no Brasil um circuito integrado para utilização em satélites, algo ainda inédito no país. Por meio do projeto de pesquisa da SMDH, os especialistas da UFSM criaram o chip que equipará o comando eletrônico do protótipo de um satélite que o Brasil enviará ao espaço este ano. Esse satélite terá diferentes missões, entre elas obter dados meteorológicos. Batizado de Radiation Hardened Mixed, o chip será testado nas condições inóspitas do universo, com temperaturas negativas e ondas eletromagnéticas poderosas capazes de anular o funcionamento de um chip comum.

Um grande feito da UFSM teve repercussão esta semana. A universidade recebeu o primeiro lote de 3 mil peças do chip ZR16S08. Trata-se do primeiro chip 100% brasileiro, em termos de desenvolvimento, design e arquitetura. O professor e pesquisador João Baptista dos Santos Martins, coordenador da SMDH, conta que as pesquisas duraram quatro anos e meio e custaram R$ 2,6 milhões. Segundo ele, o Brasil faz parte, agora, de um seleto grupo de países que domina a minúscula e avançada tecnologia capaz de “dar vida” aos inúmeros equipamentos eletrônicos presentes no nosso dia a dia, desde celulares a naves espaciais.

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