KISS, 2 ANOS. Vigília, protesto, balões… E a luta por Justiça. Tudo junto na madrugada silenciosa da cidade

A manhã desta terça-feira, 27 de janeiro, COMEÇOU com uma manifestação em frente ao Ministério Público. Pais inconformados querem atitude mais incisiva dos Promotores. E querem, sobretudo, JUSTIÇA.
Este foi o ato, na verdade, que encerrou momentaneamente as atividades que marcam os dois anos da tragédia que matou (massacrou, na verdade) 242 meninos e meninas, em decorrência da tragédia na boate Kiss, na madrugada do último domingo do primeiro mês de 2013.
Antes, desde o início da noite passada, e ultrapassando a madrugada, o que aconteceu foi… Bem, confira o relato publicado agora há pouco na versão online do jornal A Razão. A reportagem é de Rodrigo Ricordi (texto) e Carolina Reichert (fotos). A seguir:
“Silêncio e vigília homenageiam vítimas da boate Kiss…
…O final da tarde de segunda (26) a Praça Saldanha Marinho reunia aos poucos os familiares e amigos de vítimas da maior tragédia do Rio Grande do Sul, o fatídico incêndio da Boate Kiss, no dia 27 de janeiro de 2013. Hoje, quando completa dois anos, as homenagens vieram em forma de tristeza, silêncio e protesto.
O Movimento do Luto à Luta, que reúne familiares de vítimas da tragédia, organizou o primeiro dos atos que teve início por volta das 20h na Praça Saldanha Marinho. No local foram exibidas fotos das vítimas, familiares levaram cartazes e a emoção foi o sentimento geral em cada abraço e cada lembrança. Pouco depois das 22h, as centenas de pessoas concentradas na praça saíram em um cortejo silencioso que desceu a rua Venâncio Aires até a André Marques e subiu a Rua dos Andradas até a frente do prédio em que o incêndio ocorreu.

Em frente as ruínas da boate foi desenhado um enorme coração branco que foi circundado por velas. Dentro da imagem foram colocados 242 balões brancos que representavam as vítimas fatais do triste episódio. Enquanto a caminhada chegava, três artistas visuais pintaram as paredes do prédio com mensagens de protesto contra a demora para que a justiça seja feita. Uma faixa com a frase “242 ASSASSINADOS” foi colocada na porta do lugar onde funcionava a casa noturna. O grupo musical da igreja Templo das Nações fez uma apresentação musical.
Apesar da grande quantidade de pessoas, o silêncio se fazia presente. Muita emoção e respeito pelos parentes e amigos perdidos na tragédia. Na virada de segunda para terça, os balões foram soltos e subiram iluminando o céu da cidade. O silencio foi rompido pelos abraços, pelo choro e por algumas pessoas que aplaudiram o ato que simbolizava as pessoas que acabaram morrendo nesta que foi uma das maiores tragédias da história do Brasil…”
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