KISS. Sobreviventes têm reunião. Objetivo é definir como cobrar o atendimento prometido pelo governo
A reunião acontece nesta quinta-feira, às 2 da tarde, no auditório do segundo andar da Antiga Reitoria. Têm o apoio da Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes. Há cerca de 600 vítimas que não morreram na tragédia de 27 de janeiro e que, no entanto, precisam receber atendimento continuado e acompanhamento pelos próximos cinco anos, no mínimo.
Há uma grande preocupação porque muitos não conseguem adquirir os medicamentos nem estariam recebendo o que o governo prometeu, logo após o fato. A convocação está acontecendo via internet, através do Feicebuqui. Uma das idealizadoras é a jovem Tatiele Arrial (que já esteve internada, saiu e voltou e agora está também envolvida na luta dos sobreviventes). Mas o texto a seguir, compartilhado dela, foi disponibilizado pelo presidente da Associação, Adherbal Ferreira, em seu PERFIL na rede social. Acompanhe um trecho:
“ATENÇÃO SOBREVIVENTES BOATE KISS!
Reunião dos sobreviventes com a AVTSM, quinta-feira, dia 22, 14h no auditório do 2º andar da Antiga Reitoria.
É muito importante a presença de todos que puderem comparecer, caso alguém não possa, um dos pais ou irmãos pode representá-lo. Mas é de extrema importância essa reunião e que haja união entre todos os sobreviventes, no caso do comparecimento de poucos, é difícil conseguir o que necessitamos, e todos sabemos que não é pouca coisa, quanto mais gente melhor.
Haverá a presença da imprensa também, Diário de SM e A Razão. Sei que é chato ficar implorando a presença de vocês, mas não esqueçam, tudo é em busca da melhoria da nossa saúde. O governo nos prometeu 5 anos de tratamento completo, e até agora não tivemos nem metade do que foi prometido, e talvez mais um atendimento acabe esta semana. Sem querer ser dramática, mas nossa saúde está debilitada, estamos mais suscetíveis a doenças do que pessoas que não passaram por isso.
Não sabemos o que ainda há no nosso organismo e o que ainda pode causar, não esqueçam disso. Muitos de nós relataram asma, pneumonia, amigdalite, sinusite, falta de ar constante, e tudo isso após a tragédia. Como estamos mais fracos, uma pneumonia pode virar algo pior, e aí a culpa é de quem? Vai ser mais uma questão que um vai jogar para o outro, e no fim a culpa é do sobrevivente que não se cuidou, sempre assim. Nos culparam até por estarmos na boate né!…”
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