Somente improvável (segundo nove entre dez operadores do Direito ouvidos pelo sítio) decisão judicial que interfira na vida interna da UFSM poderá fazer com que o concurso Vestibular seja realizado, mesmo que apenas em 2014. Esse é o fato. Fora do âmbito da academia (ou mesmo na tangência dela), porém, há pressões.
Semana passada, empresários e estudantes de cursinhos foram às ruas para protestar contra o fim das provas e a adesão integral da UFSM ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), como forma de selecionar os novos alunos da instituição. ENEM, por sinal, que acontece em 8 e 9 de novembro. Estima-se que entre 300 e 500 pessoas (variou conforme a fonte) foram às ruas. Pouca gente, em qualquer caso.
Pois, nesta quarta, quem foi às ruas foi o grupo dos favoráveis à extinção do Vestibular. Segundo pelo menos duas fontes confiáveis do editor, foi menos gente ainda. O que pode denotar desmobilização ou, simplesmente, desinteresse mesmo, dada a decisão já tomada. Aliás, no material publicado na versão online de A Razão nenhum número é citado. Confira, a propósito, a reportagem, com foto de Juliano Mendes. A seguir:
“Marcha aprova fim do vestibular na UFSM
Dias após a decisão do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) de acabar com o vestibular enquanto forma de ingresso à instituição, e aderir ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) em 100%, a medida ainda repercute na cidade.
Na manhã de ontem, manifestantes realizaram um ato em defesa da reserva em 50% para as cotas, imediatamente, e do fim do vestibular. Reunidos na Praça Saldanha Marinho, estudantes de escolas públicas e cursinhos gratuitos, acadêmicos e servidores da UFSM, professores da rede pública e representantes de movimentos sociais se contrapuseram à manifestação realizada na semana passada, no mesmo local, por apoiadores do vestibular como forma de ingresso tradicional.
Denominada como II Marcha pela Educação Pública de Santa Maria, a manifestação percorreu trechos de Avenida Rio Branco, descendo o viaduto Evandro Behr e seguindo pela Rua do Acampamento em direção às ruas centrais. A primeira manifestação, contrária à forma como foi extinto o vestibular da UFSM, ocorreu no último dia 28 de maio…”
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