DATAFOLHA. O que é ruim para quem está em 2º lugar na pesquisa presidencial, conforme analista da “Folha”
O jornalista Fernando Rodrigues, da Folha de São Paulo e do portal Universo Online, é um dos mais respeitados analistas politicos do País. E é quem (juntamente com os que estão ligados a institutos, o que reduz um pouco a credibilidade deles) melhor avalia pesquisas eleitorais no País. Na opinião, claro, (nem sempre) modesta deste editor.
Vai daí que é interessante o vies que Rodrigues buscou para analisar o levantamento publicado no meio desta semana pela FSP, feito pelo Datafolha, que é propriedade do próprio jornal. E, creia, os dados não são necessariamente auspiciosos para quem não está em primeiro lugar. Confira você mesmo, a seguir:
“Aécio se equipara ao pior momento tucano nesta época da campanha
O desempenho do senador Aécio Neves (PSDB) como candidato a presidente da República, nesta fase da campanha, é equivalente ao recorde negativo de candidatos em segundo lugar em todos os ciclos eleitorais desde 1994.
Aécio tem 20% das intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 1º e 2 de julho. Esse percentual só foi registrado por José Serra em julho de 2002, quando também era candidato pelo PSDB –o tucano perdeu naquele ano para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em 2002, o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso passava por forte rejeição. Segundo o Datafolha, nos dias 4 e 5 de julho daquele ano, 26% dos eleitores consideravam seu governo ruim ou péssimo. Essa taxa estava em alta e alcançou 35% em 26 e 27 de setembro, às vésperas do pleito.
Abaixo, tabela com a taxa de intenção de votos nos principais candidatos desde a eleição de 1994:
Nas eleições de 1998, 2006 e 2010, o segundo colocado nesta fase da campanha (mês de julho) registrava um desempenho superior ao de Aécio. Em 98, o segundo colocada era Lula, com 28%. Em 2006, Geraldo Alckmin (PSDB) pontuava 29%. E em 2010, Dilma e Serra estavam empatados tecnicamente com 38% e 39%, respectivamente.
Em 1994, FHC tinha uma taxa de intenção de votos de 21%. Lula liderava com 38%. A conjuntura daquela época, entretanto, era muito diferente da atual. O tucano havia comandado a economia até meses antes e lançou o Plano Real, que veio a estabilizar a inflação do país. Na fase seguinte da campanha, o candidato do PSDB dizimou as pretensões petistas de chegar ao Planalto…”
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