DILMA. Analista flagra mudança de postura política. Mas, sem os cargos, nada feito
Sem Antonio Palocci por perto, Dilma Rousseff começou a fazer mais política – e não apenas a gestão do governo simplesmente. Isso é notado por muita gente, que tenta (e nem é tão difícil) entender as razões. Fatos, como reunião recente com governadores, confirma a mudança de postura.
Mas tem um “porém”: enquanto a questão dos cargos, reivindicados pela base aliada, não for resolvida, a tensão permanecerá. É a tese, por exemplo, de Valdo Cruz, repórter especial da Folha de São Paulo. Confira o que ele escreve, a seguir:
“Regra ou exceção?
Não é que, de repente, Dilma Rousseff passou a respirar política. Desde a queda de Antonio Palocci, a presidente dedicou mais tempo em sua agenda para contatos com aliados do que nos primeiros cinco meses de governo.
Não exatamente por ter tomado gosto pela coisa, mas diante da necessidade de debelar sua primeira crise política, responsável pela queda de seu então principal ministro.
Quem esteve com ela nos últimos dias notou mudanças no estilo presidencial. Um governador disse ter ficado impressionado, palavras dele, com o fato de Dilma não ter alterado o tom de voz em nenhum momento. Nada de broncas. Pelo contrário, estava bem humorada e fazendo brincadeiras com os presentes.
No café da manhã com 16 governadores do Norte e Nordeste, o aliado diz que a presidente chamou o jogo para si, conduziu toda reunião e mostrou total disposição para o diálogo. Uma surpresa agradável, segundo os presentes…”
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