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ANISTIA. 35 anos depois, um debate e o mistério que precisa ser desfeito: os documentos sumidos da UFSM

A anistia não foi concessão do regime militar. Ela foi precedida de intensa mobilização
A anistia não foi concessão do regime militar. Ela foi precedida de intensa mobilização

No início da noite de 28 de agosto, a próxima quinta-feira, data em que se lembram os 35 anos da promulgação da Anistia, assinada pelo último general-ditador, um debate acontece no plenário da Câmara. Dele participará, entre outros, um dos anistiados, o juiz aposentado Carlos Renan Kurtz. A promoção é do Comitê Santa-mariense pelo Direito à Memória e à Verdade.

Antes porém, dois atos fundamentais ocorrem: um na UFSM e outro no Ministério Público Federal. Ambos tratam do mesmo tema: o desaparecimento de documentos do interior da Universidade. Mas, que documentos são esses? Tudo está explicado em material publicado originalmente na página da Seção Sindical dos Docentes da UFSM. A reportagem é de Fritz R. Nunes, com foto de Reprodução. A seguir:

Atividades marcam 35 anos da Anistia em Santa Maria

…A Lei da Anistia, promulgada em 1979, pelo então presidente João Figueiredo, último general da ditadura militar, completa 35 anos no próximo dia 28 de agosto. Em Santa Maria, a data será marcada por atividades do Comitê Santa-mariense pelo Direito à memória e à verdade, que tem a participação da Sedufsm, da Assufsm, do DCE, da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entre outras entidades. A Sedufsm é representada pelo seu diretor, professor Humberto Gabbi Zanatta.

A primeira ação programada ocorre às 11h do dia 28, quando essas entidades terão uma audiência com a reitoria da UFSM para entregar um documento em que farão um pedido de providências ao reitor, professor Paulo Burmann. A solicitação é no sentido de que sejam buscadas informações sobre o motivo de ter ocorrido o desaparecimento de documentos que faziam parte da Assessoria de Segurança e Informações (ASI) da universidade.

Na parte da tarde, às 14h, a audiência é com o Ministério Público federal em Santa Maria. Conforme José Luiz de Moura Filho, professor do departamento de Direito da UFSM, integrante do Comitê e ex-diretor da Sedufsm, será encaminhada uma representação ao MPF com o objetivo de que esse órgão também investigue o desaparecimento dos documentos relacionados à universidade…”

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3 Comentários

  1. Lembro que, na época, um grande número de chefias estratégicas na UFSM era ocupada por CORONÉIS, sujeitos petulantes e arrogantes, nomeados SEM CONCURSO pela ditadura civil-militar, os quais geralmente também empregavam seus familiares na Universidade, sem concurso público, é claro. Um deles era chamado de coronel Amêndola, que pensava a UFSM como se fosse um quartel. Esses gorilas exigiam ser chamados de coronel.
    Também lembro que às vésperas da posse do prof. Benetti, reitor eleito através de voto direto pelos 3 segmentos da Universidade, presenciamos, à luz do dia, o transporte, dos arquivos pelos agentes da ditadura.
    Se não foram incinerados, como muitos por esse Brasil afora, devem estar armazenados nos porões de algum quartel ou em algum galpão ou garagem.
    Por falar em concurso público, eles na época praticamente não existiam. As vagas eram ocupadas por gente indicada pelos políticos que davam suporte à ditadura. A cada véspera de eleição eram centenas (de uma feita, foram quase mil) de novos contratados, nomeados através de "bilhetinhos" dos políticos da ARENA e seus sucedâneos (eu tive oportunidade de lê-los). Alguns desses políticos (os que não morreram) ainda se encontram ocupando cargos públicos, inclusive em Santa Maria.
    Se quiserem, eu desenho.
    Tempos sombrios que espero não se repitam.
    Parabéns às entidades, pela iniciativa.

  2. Cada um gasta seu tempo como quer e dá importância para o que bem entende. E, pelo que me lembro, é AESI de assessoria especial.

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