Um dia a cultura do fumo acabará. Pode demorar mais ou menos tempo, mas parece inevitável. Há pressões de todos os lados e, aparentemente, o que ainda “segura” é a questão econômica, somada a da sobrevivência de milhares de plantadores.
Diante de um quadro de irreversibilidade, independente da data, parece bastante importante a discussão de alternativas, de opções, aos que vivem dessa atividade, hoje. Vai daí que uma das iniciativas pioneiras é bancada, entre outros, pela Igreja Católica, através de suas dioceses no interior gaúcho, inclusive a arquidiocese de Santa Maria. E nesta quarta-feira, mais uma vez um encontro debate o tema, como mostra o material distribuído pelo Projeto Esperança-Cooesperança (com foto de Reprodução), e que você lê a seguir:
“24º Seminário Estadual e 6º Interestadual de Alternativas à Cultura do Fumo
Esta é uma das atividades proféticas e importantes que nasceu em Santa Maria junto com o nosso saudoso e inesquecível Dom Ivo Lorscheiter e o Projeto Esperança/Cooesperança da Arquidiocese de Santa Maria. A finalidade destes Seminários é motivar os Fumicultores a buscar alternativas viáveis para a substituição do tabaco. Ao longo dos 24 anos destes Seminários, tive a graça de ajudar a organizar e realizar a todos ininterruptamente, onde temos inúmeras experiências de produção de alimentos saudáveis e abundantes. No Feirão Colonial de todos os sábados, no Centro de Referência de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter, temos a prova concreta deste trabalho que deu certo e continua mudando os paradigmas de quem acredita na vida e opta por saúde e qualidade de vida.
O produtor de tabaco é livre em fazer esta opção, mas é motivado todo aquele que queira mudar de cultura e entrar nas alternativas de produção.
No mundo hoje, morrem por ano decorrente ao problema de tabaco, mais de 5 milhões de pessoas e no Brasil mais de 200 mil pessoas. O lucro do tabaco fica concentrado nas mãos das Multinacionais/Fumagerias. O agricultor trabalha feito escravo de uma cultura que lhe tira as condições de saúde, qualidade de vida e a produção de alimentos sadios e ecológicos.
Em 2015, o Jubileu dos Seminários, portanto a 25ª edição será em Santa Maria. A meta é de fazer um grande Evento de grande impacto regional junto com uma Feira de Produtos Coloniais e Ecológicos de quem já se libertou da Cultura do Fumo, ao longo desta trajetória de quase três décadas de atuação, com participação do Projeto Esperança/Cooesperança da Arquidiocese de Santa Maria e as demais Dioceses da Região Central RS.
Data: 20 de agosto de 2014
Local: Salão Paroquial – Arroio do Tigre – RS – Diocese de Cachoeira do Sul
Horário: das 8h30 às 16h30
Tema: Agricultor/a Produzirás o Alimento? Como? Para Quem?
Lema: Trabalho, Organização e Produção: Menos Fome na População.
Promoção e Realização: Dioceses de Santa Maria, Cachoeira do Sul, Santo Ângelo, Cruz Alta e Santa Cruz do Sul, Cáritas RS, Comissão Pastoral da Terra/RS, Paróquia de Arroio do Tigre e Área Centro Serra, Prefeitura Municipal de Arroio do Tigre e AMCSERRA.”
Cultura pode acabar no RS. Só a China tem mais de 300 milhões de fumantes e produz quase a metade do fumo do planeta.
Com o aumento da tributação do cigarro ocorrido nos últimos tempos, o contrabando aumentou muito. E tem gente que acredita que a liberação da maconha vai diminuir o narcotráfico.