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DESESPERANÇA? Cai (e bastante) número de jovens eleitores. Como são desobrigados, eles “deixam pra lá”

Opção pelo voto: três, entre os 18 da turma, são eleitores: bem mais que a media nacional
Opção pelo voto: três, entre os 18 da turma, são eleitores: bem mais que a media nacional

Numa turma de 18 jovens entre 16 e 17 anos, objeto de reportagem publicada neste final de semana, apenas três são eleitores. Não precisariam, pois a lei os permite optar, mas acreditam ser importante a participação na vida política do país. Já os outros 15, como não são obrigados, simplesmente “deixam pra lá”.

Esse não seria exatamente um problema, na medida em que estão adiante da média nacional. Afinal, são quase 15% do total, enquanto no país inteiro o percentual de menores de 18 anos que se habilitaram a participar do pleito, o índice é de meio por cento, praticamente a metade do total de quatro anos atrás.

Mas, quais as razões pra tudo isso, e o que significa essa baixa adesão, na opinião dos observadores? Creia, vale a pena conferir, pois essas e outras questões estão colocadas na reportagem assinada por Joyce Noronha e Marcos Fonseca. A foto é de Juliano Mendes. Acompanhe um trecho, a seguir:

Eles são cada vez menos

Conquistado a duras penas, o direito ao voto para os jovens entre 16 e 17 anos deixou de atrair o interesse da nova geração de brasileiros. Para essa turma, deixar de eleger os cidadãos que definem os rumos do país onde vivem não é algo tão importante. A constatação está no número cada vez menor de meninos e meninas dessa idade que fazem o título de eleitor. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), houve uma redução pela metade de eleitores adolescentes no país este ano. Para especialistas, esse cenário preocupa por indicar um perigo à democracia.

Para quem tem 16 e 17 anos, o título de eleitor é facultativo. O documento só é obrigatório após os 18 anos. Só que esse benefício oferecido pela Lei Eleitoral está sendo deixado de lado. Em Santa Maria, os dados indicam uma redução acentuada de jovens eleitores de 2010 para cá (veja quadro na página 13).

Nas eleições gerais daquele ano, 1.778 jovens de 16 e 17 anos fizeram o Título de Eleitor. No pleito municipal de 2012, quando os santa-marienses elegeram o prefeito e os 21 vereadores, esse contingente de eleitores caiu para 1.489, uma redução de 16,25%. Para as eleições de 2014, a procura pelo título despencou ainda mais. Atualmente, são apenas 725 eleitores nessa faixa etária. Nos últimos quatro anos, a redução atinge 59,22%. Em 5 de outubro, somente 132 adolescentes de 16 anos irão às urnas escolher presidente, senador, governador e deputados. O interesse pelo voto é um pouco maior para os mais velhos: há 593 eleitores com 17 anos em Santa Maria.

“É preocupante que esses jovens não tenham participação política”, afirma o cientista político Dejalma Cremonese, professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Ele aponta que a juventude atual, nascida depois do fim da ditadura militar, em 1985, já cresceu dentro de uma democracia. Logo, o voto não se configura em um ato tão importante como era para quem cresceu no regime militar. “Os jovens mais antigos aspiravam à democracia. O primeiro voto para valer ocorreu em 1989, e a gente esperava muito da democracia”, assinala…”

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Um Comentário

  1. É só tornar o voto facultativo para ver o que acontece. E atualmente o pessoal aparece para votar mais por causa da aporrinhação de pagar a multa do que pelo valor.

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