ELEIÇÕES. Analista aposta em aumento dos votos nulos e brancos. E se ida às urnas fosse facultativa…
É um prognóstico pessimista, talvez. Inclusive porque, como se sabe, anular ou “branquear’ o voto, embora sejam atitudes legítimas e politicamente aceitáveis, têm menos o condão de melhorar a política e mais o de permitir que maus candidatos obtenham a vitória.
Com o voto obrigatório, essa situação é, porém, bastante possível. Ao contrário, por exemplo, dos Estados Unidos (e outros países) em que o protesto se dá pela ausência nas urnas. Tanto que, no território ianque, por exemplo, apenas metade do eleitorado escolhe o Presidente da República.
Mas, e agora, como será, no Brasil? Quem fala sobre isso – e explica as razões de sua aposta, em 2014, é o analista político Paulo Moura, em material originalmente publicado no jornal eletrônico Sul21. A reportagem é de Ana Ávila. Acompanhe, a seguir, um trecho:
“Para cientista político, insatisfação com a política deve aumentar votos em branco e nulos
Em 2010, quase 500 mil gaúchos votaram em branco ou anularam seu voto para presidente no primeiro turno. Quando a disputa se restringiu a José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), esse número ficou acima de 300 mil. No Brasil todo, mais de sete milhões de eleitores optaram por anular ou votar em branco no segundo turno da disputa presidencial daquele ano. Para o cientista político Paulo Moura, esse número deve crescer ainda mais na eleição deste ano. Entre os motivos estaria a insatisfação do eleitorado com a corrupção. “As denúncias de corrupção, assim como as manifestações de junho do ano passado, exacerbaram a rejeição à classe política, instalaram na população o descrédito e a decepção”, afirma o analista.
Este percentual de eleitores desinteressados em escolher um representante político pode crescer ainda mais na disputa para cargos parlamentares. Segundo Moura, “toda a atenção da mídia nas disputas eleitorais fica concentrada nas candidaturas majoritárias. Além disso, para o Parlamento há um grande número de candidatos”, fazendo com que, se não forem capazes de produzir fatos que os evidenciem entre os demais, os postulantes a cargos como de deputado acabem diluídos entre seus concorrentes. “O eleitor só pensa em quem vai votar para deputado 15 ou 20 dias antes da eleição e acaba votando em branco ou nulo”, afirma o cientista político.
Nas eleições de 2006, 466.748 gaúchos votaram em branco e 227.201 anularam o voto na hora de escolher o candidato a deputado estadual. Em 2010, 487.153 ficaram com a primeira opção e 179.216 optaram por anular. Para deputado federal não foi muito diferente, 502.785 votam em branco e 217.222 anularam em 2006. Na eleição seguinte, 524.822 escolheram votar em branco e 212.745 optaram por anular o voto. De acordo com Moura, o alto índice de rejeição aos parlamentares se dá, em grande parte, devido à falsa ideia que a sociedade faz de que os parlamentares seriam os maiores responsáveis pelo desvio de dinheiro público. “Na verdade, o desvio de dinheiro público acontece, predominantemente, no Executivo, só que a cobertura da imprensa, em geral, onera os deputados”, afirma o analista…”
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