Big Brother (Eleitoral) Brasil – por Vitor Hugo do Amaral Ferreira
Alô meus heroooóis! Alô Big Brother Brasil!
Bem que poderia ser o Pedro Bial saudando os sempre “heróicos” participantes do “programa mais espiado do Brasil”. Mas não é! Com episódios diários televisionados ou não, nossos heróis prometem construção de hospitais, mais educação, economia sustentável… Alô Brasil, horário político chegou!
Diria o capitão da nave BBB; eles choram, se emocionam, comemoram e se despedem. A cada Paredão (quem sabe pesquisa de campanha?!) a emoção fala mais alto em cada um dos brothers posto na berlinda. A saída do confinamento (o término da eleição) é dos momentos mais temidos pelos jogadores.
Ao término das eleições talvez este possa ser um bom discurso. Assim diria Bial: gosta de bichos, mas sua identificação mais essencial não é com gatos, cachorros ou cavalos. O sentimento animal mais antigo que conhece é o de se sentir um peixe fora d’água. Como quando chegou aqui. Mesmo na piscina, um peixe fora d’água. Ah, e patinho feio. Como sempre se sentiu nas escolas da vida. Nesse internato, ficou pasma ao voltar do primeiro Paredão, não conseguia entender porque tinha voltado. “Se voltei, é porque há pessoas que gostam de mim. Como as pessoas podem gostar de mim? Desde quando? Onde estavam essas pessoas durante minha vida toda?”. Reparem como esteve no centro, ao lado, ao redor de tudo o que aconteceu nesse BBB. Beijou mocinhos, foi amiga das amigas e inimiga delas também, foi irredutível até não ser mais. E depois ser de novo. Não nasceu pra ser coadjuvante. Na última prova, conquistou a liderança, mas não teve o quarto do Líder. Nem precisava: ninguém dormiu tantas vezes na cama real, nem assistiu a tantos cineminhas… Bonita(o)! Às vezes, não caminha, se esgueira. Às vezes, arrasta os pés como quem finge não querer ir, e assim vai longe.
Discursaria Bial: entre o que você é e o que gostaria de ser; entre o que você é e o que gostaria de parecer; entre o que você quer e o que diz querer; entre o que você quer ser quando crescer e o que você deixou se perder; entre o que você vê e o que não vê; entre o seu olhar e o que suas mãos podem tocar; entre tudo que vocês vão esquecer e as lembranças que nunca irão se apagar; entre o muito rápido e o quase devagar; entre o desistir e o perseverar; entre o querer e o desejar; entre a repulsa e a vontade; entre o tempo e a idade; entre o futuro e a saudade; entre o esquecido e o perdido; entre este momento e o seguinte, em algum lugar existe um meio termo entre o meio e o termo.
Meio é entre princípio e fim. Termo quer dizer prazo, limite, que é o que você terá agora. Entre a estratégia de casal e o de perto ninguém é normal; entre a sua ousadia e a paciência nossa; entre o que você gostaria e o que você gosta; entre o autor e a obra; entre o desperdício e a sobra; entre construir, difícil, e destruir, fácil,
Entre a triste verdade e a alegre mentira; entre a mulher e a menina… Entre o que cega e o que fascina, nas entrelinhas…
Entre a aparência e o engano; entre o sonho e a ilusão; entre o sim e o não, talvez? Entre a minha e a tua vez; entre o primeiro e o segundo dia; entre amigos que se faz aí e não se faz aqui; entre não ser votada aí e não ser votado aqui; entre o que você fez, o que deixou de fazer e o que nem posso dizer; entre a zona rural e a cidade grande; entre o interior e o exterior; entre o B, o B e o BBB, aqui entre nós…
Entrementes, entretanto, entretendo, entendendo que… Entre vocês três, entre eu e mim e entre nós dois e vocês… entre. A porta está aberta. Ainda que seja a porta de saída, vem pra cá ….
Eu encerro, qualquer semelhança (talvez não seja) mera coincidência!
Vitor Hugo do Amaral Ferreira
Facebook/vitorhugoaf
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