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Navalhaço. Três gaúchos citados. Mas sem comprovação de ilegalidade. E tem a “listinha”

Lembra do escândalo dos Correios? E do mensalão? E das três CPIs que funcionaram ao mesmo tempo no Congresso Nacional, entre 2005 e 2006? Claro, você já esqueceu. Todos esqueceram. Afinal, outros escândalos já apareceram no horizonte –  e provavelmente serão substituídos por outros logo em seguida.

 

Em todo caso,  para refrescar a memória, lembro o orgulho que sentimos, os gaúchos, com nosso bairrismo justificado pela postura diferente dos políticos da província de São Pedro, por não haver um só conterrâneo envolvido. Aliás, salvo engano, sequer citado foi algum nome por aqui nascido ou criado.

 

Agora, no forrobodó provocado a partir da Operação Navalha, da Polícia Federal, não dá para dizer o mesmo. Ainda que, sempre é bom fazer a ressalva, até agora nenhum dos três nomes que surgiram, e que nasceram (se não de fato, de direito) no Rio Grande, aparecem em alguma relação de gente que foi citada em “grampos” de telefonemas com integrantes da Gautama ou, de alguma forma, agentes da empreiteira baiana..

 

Há, inclusive, dois ministros do Tribunal de Contas da União, Adylson Mota e Augusto Nardes, ambos ex-deputados pelo PP. E um, o diretor do DNIT, Hideraldo Caron, do PT, que catarinense (de São José do Cedro), mas formado no Rio Grande. Mais exatamente em Santa Maria, onde graduou-se em engenharia pela UFSM.

 

Que ninguém, porém, faça qualquer ilação. Não seremos nós os irresponsáveis. Ser citado não significa nada, exceto isso mesmo. Se há indício de alguma coisa, isso não transparece nas relações. Tanto que não são, pelo menos por enquanto, mencionados por nada ou para nada, pela Polícia Federal ou pela juíza Eliana Calmon, que dirige os trabalhos de apuração.

 

Como também, até prova em contrário, nada tem a ver a relação publicada pelo jornal Folha de São Paulo, com mais de 200 (225, para ser exato) nomes de uma lista de políticos que, de alguma maneira, foram contatados ou até presenteados (mimos) pela empreiteira Gautama.

Caça às bruças não é a melhor maneira de resolver ao problema. Ao contrário, o risco de envolver inocentes é superior a 100%. Pode acreditar. Nisso, com certeza, pode.

 

SUGESTÃO DE LEITURAconfira aqui a reportagem “Veja lista de parlamentares presenteados pela Gautama“, de Kennedy Alencar, publicada no jornal Folha de São Paulo, e republicada pela Folha Online.

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