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ANÁLISE. Eleição de outubro traz novo protagonista para a política de SM. E também sobra grande dúvida

Ainda resta grande dúvida acerca de um dos partidos ditos grandões em Santa Maria, a partir do resultado eleitoral deste ano. E ela está localizada no PMDB, justamente a sigla que exerce o poder na comuna. O editor tratou disso na coluna “Observatório”, neste final de semana em A Razão, e reproduzida AQUI na madrugada de sábado.

Mas já é possível, resguardadas as opiniões em contrário e, sobretudo, fatos conjunturais futuros sobre os quais ninguém tem controle, adiantar como ficam as agremiações, no mapa político da boca do monte – tendo em vista, especialmente, a eleição municipal de 2016. De pronto, já dá para dizer, por exemplo, que as discussõe em torno do próximo pleito, se darão em cima de duas siglas, o PT e o PSDB, ambos no campo oposicionista, e no próprio PMDB – que será tão maior ou menor, dependendo da vitória ou derrota de José Ivo Sartori na disputa pelo Palácio Piratini, no próximo domingo.

A seguir, pequenos comentários individualizados acerca do que pode ou não ocorrer com os principais partidos de Santa Maria, a começar, claro, por quem está no poder.

Schirmer e PMDB: sem nome, por enquanto
Schirmer e PMDB: sem nome, por enquanto

O PMDB sem Schirmer. O editor tem absoluta convicção. No caso de vitória de Sartori, domingo, o partido terá um punhado de cargos regionais para distribuir – e tende a ignorar os demais partidos aliados, justamente para criar a oportunidade de virar competitivo em 2016. Sua maior dificuldade é exatamente não ter alguém hoje viável para o embate eleitoral.

Cezar Schirmer busca opção fora do PMDB. Até agora não encontrou. Se nada mudar na conjuntura (o que sempre é possível), corre o risco de cumprir papel secundário na disputa local – algo inédito nos últimos 20 anos. Na hipótese de um segundo turno, teria que ficar neutro ou escolher entre dois adversários.

O PSDB e seu goleador. Os gremistas (e colorados também) entenderão. O tucanato de Santa Maria tem seu ‘Barcos’. Um goleador nato, esforçado, brigador e tecnicamente bem dotado. Mas é praticamente o único a fazer gols por sua equipe. A analogia é direta com Jorge Pozzobom – não se entrega nunca e tem um discurso de centro-direita muito bem articulado. Se tiver time ao lado, não será mais o único a fazer gols (votos) e poderá alçar-se, sim, a candidato pra lá de importante à Prefeitura.

Pozzobom: só não concorrerá se não quiser
Pozzobom: só não concorrerá se não quiser

A situação de Pozzobom poderá ser bastante facilitada se Aécio Neves virar Presidente da República. Afinal, ainda que disputando com Nelson Marchezan Júnior, com quem não se afina, no interior da sigla, poderia ser representante local do titular do Planalto. E isso faz grande diferença. Ou pode fazer. Sozinho, porém, não terá vida fácil.

O PT e seu time dividido. Dentre todos os protagonistas da disputa pelo poder municipal é o que pode se orgulhar pelo número de estrelas capazes de enfrentar (e até ganhar) qualquer disputa local. Paulo Pimenta, Valdeci Oliveira e Fabiano Pereira compõem a linha de frente, tendo na regra três Helen Cabral, que concorreu (e não fez feio) em 2012.

Pimenta tem maioria no PT. Será candidato?
Pimenta tem maioria no PT. Será candidato?

Para encarar com grandes chances a eleição municipal, e disputar taco a taco (ou até com alguma vantagem) com o PSDB de Pozzobom e o PMDB ainda não se sabe com quem, terá que resolver-se internamente. Há quem diga que não precisa nem ser um acordo apaixonado, mas um pouco de convivência mais fraternal já ajudaria bastante. Teve, somando todos os seus candidatos, mais votos que qualquer outro partido, no último 5 de outubro, contando os nomes da boca do monte.

OS DEMAIS serão coadjuvantes. A análise é suscinta, poderá dizer alguém, não sem razão. Mas o fato é que todos os outros partidos podem até se enganar (como aconteceu com o PDT, em nível estadual, neste ano mesmo), mas tendem a ser apenas auxiliaries dos demais, daqui dois anos. Claro que poderão apresentar candidaturas (o que é improvável, tamanha será a pressão dos candidatos a vereador), mas o que se encaminha é que buscarão, mesmo, é espaço junto aos três grandes. Seja apresentando candidato a vice-prefeito ou algum outro tipo de composição política, inclusive no pleito proporcional.

Estão nessa condição, digamos, mais privilegiada, apenas dois partidos: PP, por sua quantidade de vereadores e militantes, e PDT, pelos votos obtidos por Marcelo Bisogno. Os demais, gostem ou não, terão apenas importância secundária. Pode apostar. E conferir dentro de ano e pouco, quando as articulações começarem a ser feitas à (media) luz do dia.

OBSERVAÇÃO: as fotos que ilustram esta nota são dos feicebuquis dos fotografados. No caso de Schirmer, da campanha de 1012. Já as de Pimenta e Pozzobom são deste ano.

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3 Comentários

  1. "Esperem 2015 terminar para ver como fica o quadro. Independentemente de quem…."
    Para o atual comando da comuna, o ano de….. 2013,2014,2015,2016… em diante..terminou, da forma que todos nós sabemos e o mundo também, em 27 de JANEIRO de 2013.
    Sábado.
    Onde jovens foram a uma festa……

  2. Se SM tivesse eleitores suficientes para segundo turno em 2012, mesmo assim o Schirmer seria eleito no primeiro turno, confere? A Helen largou a campanha e foi para BSB e uma semana depois anunciaram a travessia urbana, confere? Se isto não é fazer feio, não sei o que é.
    SM tem um deputado federal mais ligado à comuna. E querem ele candidato à prefeitura. Mostra como pensam a cidade.
    E uma obviedade. Esperem 2015 terminar para ver como fica o quadro. Independentemente de quem se eleger para o Piratini ou para o Planalto.

  3. Acho que deste as linhas basilares da conjuntura eleitoral de 2016, agregando os efeitos colaterais determinados pelo resultado das urnas do próximo domingo. Parabéns.

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