A informação.
Anuncia-se a fusão entre PSB e PPS para qualquer momento. Na verdade, seria a absorção do segundo pelo primeiro, gerando um novo partido que seria chamado PS40. Ou, mais remotamente, desapareceria a sigla PPS e sobreviveria apenas o mais forte, PSB.
Diz-se, e PUBLICA-SE, que as conversas entre as partes iniciaram antes mesmo de Eduardo Campos, do PSB, lançar sua candidatura a Presidente. E que foram imediatamente retomadas após a derrota do partido, com Marina Silva (da Rede), no primeiro turno do pleito presidencial. Se confirmada a fusão, a nova sigla será a quarta maior bancada da Câmara, com 45 deputados, ultrapassando o PSD e ficando atrás apenas dos grandões PT, PMDB e PSDB.
A história.
Há sete anos e meio, o Partido da Frente Liberal, depois de mais de 20 anos de criação (surgido a partir da Arena, que deu sustentação parlamentar à ditadura militar), apresentava, segundo seus líderes, fadiga dos metais. Resultado: mudou de nome e VIROU o Democratas (DEM). Coincidência ou não, a partir dali foi se desmilinguindo eleitoralmente. E, embora tenha se recuperado um pouco no pleito de 10 dias atrás, está muito longe de ser protagonista – ao contrário do que fora o PFL.
A análise.
Obviamente, esse é pensamento deste editor, com base na sua vivência e na forma como encara a história recente dos partidos brasileiros. A união do PSB com o PPS, se confirmada, significará a junção de um partido que já foi socialista (e que, viu-se no último pleito, se transformou em linha auxiliar do conservadorismo) com outro que, muuuuito antigamente, foi até comunista. A tentativa de fortalecer os dois vai redundar num fato, com certeza, e noutro, muito provavelemente.
De um lado, a esquerda do PSB, que está com Dilma Rousseff no segundo turno, vai aproveitar a brecha legal e deixará a sigla, buscando outros rumos. PT, PC do B e até PDT são candidatos a recebê-los. De outro, o grupo que passou a dominar o “socialismo” (e que aderiu agora à candidature de Aécio Neves, do PSDB) se unirá ao pensamento dos ex-comunistas do PPS e dobrará a esquina, pelo lado direito.
Resumo da ópera.
A união PSB/PPS, com que nome venha a ter, se transformará num DEM. Inclusive com todos os riscos eleitorais decorrentes disso.
Como todo mundo tem opinião sobre tudo hoje em dia, a opinião tem mais serventia pelo que revela sobre o autor do que pela análise em si. Em SM isto é bastante relevante, já que existem pessoas que não sabem nem usar o Skype mas acham que o futuro da cidade é a tecnologia.
Enfim, existem pessoas mais esclarecidas que sabem que o "socialismo" do século XIX/XX ficou inviável no século XXI. Uma nova revolução industrial é possível. Impressoras 3D para mais de um tipo de metal, para concreto. Novos materiais por causa da nanotecnologia. Uma nova corrida espacial na Asia. A mudança da matriz energética mundial (para quem não viu, o barril do petróleo anda perto dos 80 dólares; se ficar muito baixo, morreu o pré-sal).
E as ideologias? Ideologias atrasadas (principalmente para quem parou na década de 70) colocam restrições para a solução de problemas. Mais, ao solucionar problemas, o agente público está mais preocupado em provar que a ideologia está certa (e na reeleição)do que na solução em si. E foi ainda nos 70's que Deng Xiaoping falou que não importa se o gato é branco ou preto, interessa é que ele pegue os ratos; a verdade vem dos fatos. Pragmatismo. Existem pobres sem saúde, educação, trabalho, etc. no Brasil? Sim. Este é o problema. A solução não está na "fé" do "povo escolhido". Estes estão ultrapassados.