CÂMARA. Gaúchos optaram pelo que conhecem e só colocam um novato(?), na lista dos deputados federais
Dos 31 eleitos deputado federal pelos milhões de gaúchos que foram às urnas dominicais, 21 já são deputados. Então, imaginam os reformistas, ainda há 10 vagas disponíveis para as novidades. Nada disso, nove têm grande tradição política. Apenas um, na verdade, jamais ocupou um cargo eletivo. No entanto, tem a política, literalmente, no sangue. Trata-se de Covatti Filho, herdeiro de um deputado de longa data, Vilson Covatti, e de uma deputada estadual em segundo mandato, Silvana Covatti.
Mas, enfim, por que isso aconteceu, a ponto de Lasier Martins, eleito senador, ser considerado, veja só, uma “novidade” na bancada federal gaúcha? Esse é o tema de interessante material produzido e publicado originalmente pelo jornal eletrônico Sul21. A reportagem é de Ana Avila, com montagem sobre fotos da Agência Câmara de Notícias. A seguir, um trecho:
“Sem renovação: gaúchos reelegem 21 dos 31 deputados federais
Renovação foi um dos lemas que mais se viu e ouviu na campanha eleitoral deste ano. No entanto, a formação da bancada que representará o Rio Grande do Sul na Câmara Federal a partir de 1º de fevereiro de 2015 mostra que o eleitor preferiu, na maioria dos casos, deixar tudo como está. Dos 31 deputados eleitos pelos gaúchos, 21 já haviam sido eleitos para o cargo em 2010. Outros três eram suplentes na Câmara Federal. E os restantes? A maioria tem uma cadeira na Assembléia Legislativa. Todos tem histórico político.
Para a cientista política Céli Pinto, é positivo que não haja renovação. “Temos que, definitivamente, acabar com essa história de que mudança é bom, não interessa qual seja”. Para a professora, o novo pode ser o velho de ontem. Ela também defende como vantajosa a trajetória política para os deputados. “É um horror quando alguém chega à Câmara sem trajetória”, diz ela. Na opinião de Céli, toda mudança precisa de sentido. Renovação pela renovação, unicamente, não traz benefícios à sociedade. “A renovação pedida nas ruas em 2013 chama-se Lasier Martins”, disse ela sobre a vitória do candidato ao Senado pelo PDT, sem histórico político.
Já para o cientista político Paulo Moura, desfrutar da estrutura de um gabinete, pago com dinheiro público, é o que faz toda a diferença na pouca alternância de deputados na Câmara Federal. “É muito difícil para quem está de fora, sem estrutura de mandato, conseguir entrar. As campanhas são muito caras”, diz ele, que estima entre R$ 5 milhões e R$ 6 milhões os gastos para eleger um deputado federal. Além disso, Moura afirma que o candidato que já possui um mandato “passa quatro anos em campanha permanente”, deixando os demais em desvantagem. Outro ponto levantado pelo cientista político é o fato de o eleitor se preocupar muito mais com a disputa majoritária, que também recebe mais atenção da mídia. “Estudos mostram que o eleitor só começa a pensar em quem vai votar para deputado na ultima semana. Na reta final, quem tem mais volume de propaganda leva vantagem”, afirma.
O deputado federal mais votado do Estado foi Luis Carlos Heinze, do PP. Ele recebeu 162.462 votos, cerca de 18 mil a menos que na eleição passada, mas o suficiente para ocupar o topo da lista entre os postulantes à uma cadeira na Câmara pelo Rio Grande do Sul. Membro da bancada ruralista, Heinze irá para o seu quinto mandato em Brasília. Antes disso, foi…”
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