ESTADO. Gaúchos estão confirmando uma tradição: governadores não se reelegem. Tarso não é exceção
Desde 1982, quando os brasileiros retomaram o direito de votar para os governos estaduais (para Presidente, só sete anos depois), os gaúchos jamais reelegeram um governador. Perderam Jair Soares, Pedro Simon, Alceu Collares, Antonio Britto, Olívio Dutra, Germano Rigotto e Yeda Crusius. A tradição se confirma agora, se confirmada a boca de urna.
Com 6% dos votos oficialmente apurados, Tarso Genro, que busca novo mandato, tem 34% dos votos. José Ivo Sartori, seu oponente e oposicionista, tem 66%. É bastante provável que esses indices mudam, mas tendem a ser insuficientes para que uma tradição se quebre.
Vai para de ir dinheiro pelo ralo. Pagar salário de executivo para gente sem qualificação. Professor de história no lugar que deveria ser ocupado por economista. Duas secretarias de agricultura pagando salário de dois secretários e um monte de aspones que só sabem criar burocracia para justificar o próprio salário.
Perdão, o correto é "cumpridas". No afã de escrever, esqueci-me da óbvia e necessária revisão.
A situação do caixa do Estado é tão feia há décadas, as dificuldades operacionais e estruturais são sempre as mesmas, as promessas nunca são compridas, a permanente falta de humildade (cultural), a falta de coragem para mexer nos privilégios de muitas categorias, a falta de criatividade e de inovação, tudo isso e mais um pouco conspiram contra o candidato que é da situação. E sempre sobra incompetência. No caso do governador que está saindo, incomPeTência escancarada, "muitos zeros à esquerda" (ou muitos zeros da esquerda, como queiram entender). Se o eleito não sair do marasmo comum aos governantes anteriores, vai "dançar" também. Aliás, oxalá haja uma reforma política e se acabe de vez com a reeleição. É vergonhoso até para os candidatos que vão ao debate falar do que prometeram e não cumpriram e das novas promessas que sabidamente não cumprirão. Quanto menos mentirosos, melhor.