MÍDIA. Atílio Alencar e a regulamentação, ‘se a Dilma entender expectativas depositadas’ na sua candidatura
“….Claro que isso tudo não pode ser reduzido a um vício exclusivo e isolado no universo partidário. A grande mídia brasileira soube muito bem manipular notícias, fabricar escândalos e trabalhar como boneco de ventríloquo para os grandes interesses econômicos.
E pior: arrogando-se a falsa qualidade de imparcial, de desinteressada nos resultados finais. Como se passasse ao seu largo qualquer comprometimento com os poderes constituídos. Melhor dizendo: como se não fosse a própria mídia um agente do poder, e dos mais dissimulados.
Se o fenômeno não é novo, desta vez, entretanto, parece que atingimos o grau máximo da sordidez editorial. A tentativa explícita da revista Veja de interferir, da forma mais suja, nas urnas foi um dos momentos mais tristes da nossa ainda recente democracia…”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra da reportagem “E a regulamentação das mídias, vai sair?”, de Atílio Alencar. Atílio é graduado em História pela Universidade Federal de Santa Maria, atualmente trabalha com gerenciamento de mídias sociais e colabora com veículos de comunicação livre. Suas opiniões e críticas exclusivas estão disponíveis neste sítio as quartas-feiras.
@Fritz Nunes.
Aula didática e muito esclarecedora, sobre o assunto.
Boa argumentação e com exemplos.
Escreveu e bem.
Entenderam??? ou precisa desenhar.
Muito bom.
Fritz muito bom o teu comentário,o Gef parece que vê cabelo em cabeça de tartaruga pois divaga em assuntos que não tem pé nem cabeça.
A Lei dos Meios (Medios) não é uma invenção do PT ou da Dilma. Ela já existe em países desenvolvidos da Europa e até nos Estados Unidos. Quem defende o Capitalismo e a livre concorrência não pode se contentar com o monopólio. A proposta de discutir a regulamentação não se refere a conteúdo (censura), mas a um marco regulatório, que já deveria ter sido feito há muito tempo, por questões de mercado mesmo. Lembremos que em Santa Catarina, pouco tempo atrás, o MPF entrou com ação na justiça contra a concentração de meios através da RBS. Essa concentração não é ruim apenas porque não tem concorrência, mas porque é uma temeridade um mesmo grupo de comunicação dominar o espectro de rádio, tevê, jornal, e ainda a internet. E antes tinham avanço na telefonia e na TV a cabo. É preciso olhar para daqui por diante, para termos concorrência na área. Temos sentido na pele, por exemplo, no caso das operadores de telefonia e de TV a cabo, o inferno que é termos poucas empresas atuando.
Sobre a TV pública, ela pode não ter muita audiência, mas esse não é objetivo primordial dela. E ela tem que existir sim, assim como as comunitárias. Democracia pressupõe diversidade de pontos de vista, inclusive na comunicação. Imagina a desgraça que seria se, em Santa Maria, só tivéssemos rádio, TV e jornal de um mesmo grupo de comunicação.
Além do mais, a TV pública nada tem a ver com Cuba ou Venezuela. Ela é gerida por um conselho curador (TV Brasil e também caso semelhante da TV Cultura, de SP, do governo do PSDB) em que estão incluídos diversos setores da sociedade. Esse conselho, sim, opina no conteúdo.
Penso que ao invés desses discursos débeis sobre "bolivarianismo" e coisas do gênero, as pessoas deveriam se informar um pouco mais.
Sugiro uma fonte, o professor Murilo ramos, da UnB, que esteve na UFSM e falou sobre a questão da regulamentação dos meios de comunicação.
http://www.sedufsm.org.br/index.php?secao=noticias&id=3178
Uma coisa que precisa ficar clara: os ativistas e jornalistas independentes são uma minoria reduzida. Se somarem forças com os PSOL, PSTU, PC do B da vida, ainda são uma minoria reduzida. E se somarem forças com a ala radical do PT ainda assim serão minoria.
E o que eles querem com regulamentação da mídia? Controle de conteúdo. E arrumar cabides para os "cumpanheiros". Podem até dizer que não, mas ninguém vai acreditar. O objetivo não é ter uma BBC, é trazer jornalistas de Cuba.
A revista Veja não é concessão. Logo, não seria atingida pela regulamentação. Mas serve como argumento. E para o caso dela existe a justiça eleitoral (que atuou no caso) e a justiça comum.
A agência de notícias e o canal de TV estatais (NBR, Canal Brasil) tem audiência traço. Estão a serviço de um governo, não têm independência suficiente.
E o óbvio. Produzir conteúdo é caro. Muito da produção nacional é altamente subsidiado. Se mexerem no sistema agora, um sistema que está em crise devido à internet, não reclamem do desemprego depois.