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MITO. Abstenção do pleito presidencial deste ano esteve dentro da média histórica. A exceção foi 1989

Confira, na imagem, abstenções dos últimos quatro pleitos. E a comparação com 89
Confira, na imagem, abstenções dos últimos quatro pleitos. E a comparação com 89

Um povo sedento por eleições presidenciais, uma espécie de símbolo da democracia recém-reimplantada. Essa pode ser uma boa explicação para o fato de o pleito de 1989, o primeiro pós-redemocratização, ter sido aquele de maior comparecimento do eleitorado. Portanto, na contrafação, com a menor abstenção de todas as eleições desde então. E, já lá, se percebia um outro ponto: o segundo turno sempre teve menor comparecimento que o primeiro, o que provavelmente se explica pela desilusão de alguns eleitores que não viram seu candidato passar à rodada final.

Dito isto, ao presente. É interessante notar que várias análises são feitas dando conta da “enorme” abstenção registrada agora, em 26 de outubro. Pois bem, ela de fato não foi baixa. Alcançou 21%, segundo os dados oficiais do TSE. Mas está, noves fora 89, dentro da média. E até houve outra, a de 2010, em que menos gente foi votar no segundo turno.

Bueno, especificamente sobre a questão das abstenções, inclusive para acabar com o mito que se estava criando, vale a pena conferir material produzido pela Agência Brasil. A reportagem é de Pedro Peduzzi, com imagem de reprodução do sítio do TSE. A seguir:

Insatisfação com candidaturas e com processo eleitoral reforça abstenções

Os percentuais de abstenção, votos em branco e nulos registrados no segundo turno das eleições deste ano ficaram bem próximos dos índices registrados em disputas anteriores, nas quais o presidente da República também foi escolhido no segundo turno. Para muitos eleitores, tanto o ato de invalidar o voto quanto o de não participar do processo eleitoral representam uma forma de mostrar insatisfação com os candidatos ou com o processo eleitoral.

Professor de educação física, Wellington Dantas Feitosa, de 45 anos, recusou-se a votar este ano nos dois turnos, mesmo estando em Brasília, onde tem domicílio eleitoral. “Das alternativas apresentadas, ninguém mereceu meu voto. Nem presidente, nem deputado, nem senador ou governador. Político nenhum mereceu meu voto. Por isso, decidi não participar das eleições”, disse ele à Agência Brasil.

Sócio da Editora da Tribo, que produz “agendas de conteúdo literário, libertário e político”, Bruno Margini, de 46 anos, nunca tinha dado seu voto a ninguém, até o segundo turno das últimas eleições. “Sequer comparecia aos locais de votação. Nas poucas vezes em que fui, votava nulo porque não acredito na macropolítica e porque penso que não vale a pena montar expectativa de que o voto para cargos como presidente e governador possa, de fato, criar uma condição política de mudança”, justificou.

Tanto Bruno como Wellington representam uma parcela que se mantém quase estável desde as eleições de 2002. Dos cerca de 142,8 milhões de eleitores que participaram do pleito deste ano, apenas 112,6 milhões foram às urnas. Isso significa que 30,1 milhões (ou 21,1%) abstiveram-se de votar. Entre os que foram às urnas, 1,9 milhão de eleitores (1,34%)  votaram em branco e 5,2 milhões (3,64%) anularam o voto…”

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