NO DIVÃ. Ibope errou muito, e feio, nas pesquisas de boca de urna para Planalto, Piratini e vaga ao Senado

Foram 64 mil entrevistas em todo o País, incluídas 5 mil apenas para o Rio Grande do Sul. No entanto, as pesquisas do Ibope, feitas na boca da urna, e em tese com maior credibilidade (tanto que anunciadas como se tivessem 99% de chances de estar corretas), fracassaram de uma forma constrangedora, neste domingo.

O editor não tem elementos de outros estados, no entanto, no Rio Grande do Sul especificamente e no Brasil como um todo, os resultados demonstraram um enorme fiasco do Ibope. Basta comparar os resultados das urnas e os percentuais anunciados às 5 da tarde (Estado) e às 7 da noite (País).

Fiquemos com o Brasil, para começar. É verdade que a pesquisa acertou quem ia para o segundo turno. Mas ficou por aí. Enquanto o Ibope indicava 44% para Dilma Rousseff, esta obteve 41,5%. E Aécio Neves, o segundo colocado, que teria 30%, fechou a apuração com 33,5%. Convenhamos, não é pouco erro. É muuuito erro.

Satisfeito? Pois tem mais e em condições ainda piores. Agora, é a pesquisa de boca de urna no Rio Grande do Sul. O editor sequer vai comentar. Basta colocar o resultado final encontrado nas urnas e a pesquisa. O primeiro percentual é o oficial (entre parênteses, a pesquisa). Você constatará que houve duas inversões, tanto para o Palácio Piratini quanto para o Senado. E uma diferença “pavorosa” de grande. Acompanhe:

PALÁCIO PIRATINI:

José Ivo Sartori: 40,4 % (29%)

Tarso Genro: 32,5% (35%)

Ana Amélia Lemos: 21,5% (26%)

SENADO

Lasier Martins: 37,4 (31%)

Olívio Dutra: 35,3 (37%)

PERGUNTINHA FINAL: E agora, como acreditar em pesquisa, especialmente a de boca de urna?