Artigos

Saúde Pública: soluções a caminho – por Carlos Costabeber

A convite da Dra Elaine Resener, participei do lançamento do Plano Diretor Estratégico do Hospital Universitário, dentro da parceria com a EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares).

Como tenho ocupado esse espaço para tratar  da preocupante saúde pública em Santa Maria, essa  foi uma rara oportunidade para conhecer de perto o que está sendo feito e projetado para o HUSM – em termos de investimentos em estrutura física, modernização de equipamentos e contratação de profissionais. Além disso, para mim foi muito importante entender o processo EBSERH, já que estou acompanhando as discussões sobre a futuro do Hospital Regional.

Depois dessa reunião, saí convencido de que:

1) O HUSM está dando um grande salto em qualidade e quantidade, graças à contratação de 827 novos profissionais da área da saúde, da ampliação do espaço físico (duplicação da UTI, por exemplo), e da modernização dos equipamentos hospitalares. Tudo isso, amparado por um novo processo de gestão profissionalizado. Nos próximos dois anos teremos um NOVO HUSM, realmente preparado para o atendimento de média e alta complexidade, 100% SUS, para 45 municípios do interior do Estado.

2) A EBSERH foi projetada para absorver os hospitais universitários federais, de forma a ter uma gestão descentralizada dessas mesmas instituições – mas sem perder a seu foco no ensino. Por isso, entendi que a saída politica para o Hospital Regional passa num primeiro momento pelo HUSM, e num segundo, pela EBSERH. Pelas circunstâncias, acredito que essa seja a decisão mais racional, pela disponibilidade de recursos para equipar e contratar pessoal para o Regional.

Bem entendido que continuo com o mesmo pensamento, de que o Hospital Regional não deve ter a característica de hospital de ensino; e sim, de atendimento dos pacientes da região.

3) Apesar de toda a empolgação da direção da EBSERH com a ampliação e modernização do atendimento público e gratuito pelos hospitais universitários, não será uma missão muito fácil. São tão grandes as carências que se acumularam com o tempo, que estão a exigir investimentos muito superiores ao projetado. Além disso, não se consegue suprir as necessidades de bons médicos, num simples “estalar de dedos”. A saúde pública no Brasil ganhou tamanha complexidade, que resultados imediatos e de qualidade podem não acontecer tão rapidamente como o previsto.

4) Volto a insistir com as autoridades responsáveis pelo Hospital Regional, para que ouçam os Prefeitos e Secretários da Saúde de toda a região, pois são esses municípios os principais clientes dos novos serviços. Ninguém é mais experiente que esses dirigentes, que sofrem diuturnamente com os dramas da saúde pública da população. Como citei acima, a demanda é sempre superior à oferta; por isso a importância desse diálogo entre todos os gestores públicos.

Finalmente, existe uma luz (bem forte), no final do túnel.

Tenham uma boa semana.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo