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CALENDÁRIO. Com 2016 virando na esquina, peças já começam a se posicionar no tabuleiro da sucessão

O Palacete da SUCV é o objetivo. Quem está lá quer mantê-lo. Mas sobram interessados
O Palacete da SUCV é o objetivo. Quem está lá quer mantê-lo. Mas sobram interessados

Ninguém duvida que PMDB, por ser o governo (o que impõe óbvias obrigações de tentar manter-se), PT (por ser o maior partido de oposição e ter nomes consistentes) e PSDB (por força de seu líder, que é maior que a sigla) são os protagonistas das discussões em torno da sucessão de Cezar Schirmer no Palacete da SUCV.

Mas isso não significa que, sozinhos, quaisquer deles terão sucesso. Pelo contrário. Muito dificilmente, sem alianças fortes, e ainda mais com a possibilidade (nesse momento real) de um segundo turno, os apoios e até o coprotagonismo serão necessários. É nesse vácuo que podem surgir novidades no pleito de daqui dois anos. Sim, 2016 já está virando na esquina e tomará conta do debate político local já em janeiro de 2015.

Dito isto, ao fato. Ou aos fatos.

1) Ninguém duvida da importância da TV Câmara como instrumento para o proselitismo dos edis. Eles encaram com tanta seriedade a emissora oficial (com audiência restrita, mas não pequena) que até a calam nos períodos pré-eleitorais, temerosos de consequências legais de discursos fora do tom. Como já não há a presença cotidiana de repórteres nas sessões, é a através da TV que mandam recados aos munícipes. Mas não apenas. A tribuna acaba virando caixa de ressonância também de outras questões, inclusive os posicionamentos políticos. E…

2) Não chega mais a chamar a atenção o palavreado de alguns vereadores que, embora sendo de um partido, têm comportamento retórico sinuoso. Não, gente, isso não é uma crítica (às vezes, é melhor desenhar), apenas uma constatação. Exemplo? João Carlos Maciel, do PMDB. É sabido que ele é ele e não sua agremiação. Tanto que, não raro, vai para cima da administração municipal que ajuda a sustentar politicamente. Como não pode sair da sigla e dela não será retirado (sim, ele tem votos, muitos votos) fica sempre o dito pelo não dito. Mas…

Marcelo Bisogno estaria ensaiando um discurso de independência? Ou... (foto Divulgação/AICV)
Marcelo Bisogno estaria ensaiando um discurso de independência? Ou… (foto Divulgação/AICV)

3) A situação se modifica um pouco quando quem tem uma manifestação linear desde o início do primeiro mandato de Schirmer resolve sair do tom. De leve. Quase no limite da ameaça (política, bem entendido). Isso deve ter algum significado diferente. Quem sabe um recado. Ou, talvez, mais remotamente (para isso é cedo, convenhamos), um brado de possível independência futura. Nesse contexto, taaaalvez, seja possível interpretar o que disse, na sessão da última quinta-feira, o vereador (que também tem muuuuitos votos locais) Marcelo Bisogno, do PDT. Estará o editor exagerando ao ver, no que disse o pedetista, algo mais do que está dito?

Bueno, vamos fazer o seguinte: confira você mesmo a manifestação de Bisogno, divulgada pelo NOTICIÁRIO da Assessoria de Imprensa da Câmara. E aí tira tua própria conclusão. A do editor é a que está lá no título desta nota: 2016 está virando na esquina e as peças estão se posicionando. Leia e, quem sabe, concordará com o sítio. Ah, os grifos são do editor:

“…Marcelo Bisogno (PDT) disse que a fiscalização vai aumentar em relação àqueles que representam a população, seja no governo estadual ou no governo e federal. Comentou que tem buscado uma melhor relação com Santa Maria por entender que é necessário diálogo com os poderes municipais. Disse que, a partir de 1º de janeiro, se uma mesma visão não for encontrada, será necessário dar uma nova dinâmica às questões políticas da cidade. Relatou sobre os diversos pedidos de providências para o bairro Camobi, em especial a faixa nova, onde muito pouco foi retornado, enquanto pessoas seguem morrendo e se acidentando nos locais. “Fazemos requerimentos, conversamos, tentamos buscar soluções, a população nos cobra, mas não temos retorno e muitas coisas, nesse sentido, têm que mudar”. O vereador comparou o governo do ex-prefeito Valdeci com do atual prefeito Cezar Schirmer, relatando que, com muita dificuldade, Valdeci aprovava seus projetos na Câmara de Vereadores, com muita discussão e debate, enquanto nesta legislatura os vereadores aprovam os projetos de Schirmer com diálogo, mas que a reciprocidade não existe entre os dois poderes…”

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