EducaçãoUFSM

EDUCAÇÃO. Movimento ‘Fica UFSM’ quer manter e ampliar o Campus da Universidade em Silveira Martins

Reitor (em pé, à esq.) recebe documento com propostas do movimento “Fica UFSM”
Reitor (em pé, à esq.) recebe documento com propostas do movimento “Fica UFSM”

O campus de Silveira Martins pode abrigar 1,5 mil e tem 200 alunos, em números redondos. Só esses números seriam suficientes para entender que, objetivamente, a situação como está não pode ficar. Isso, independente do resultado do trabalho de auditoria, vamos dizer assim, feito pela Fundação Getúlio Vargas, a pedido da UFSM – que queria saber a situação objetiva do seu campus na Quarta Colônia.

Aliás, que se diga, a comunidade silveirense está mobilizada. Nem poderia ser diferente. Quer a permanência da Unidade e até sua ampliação, tanto que criou um movimento: “Fica UFSM”. E tudo isso foi discutido na terça-feira, em ampla reunião realizada em Silveira Martins. Sobre isso, surgiram informações esparsas durante a semana. Tanto que vale, mesmo, conferir o relato da Coordenadoria de Comunicação Social da UFSM, liberado para publicação no sítio da instituição apenas nesta sexta-feira. A reportagem (texto e foto) é de Lucas Casali. A seguir:

Comunidade de Silveira Martins cria o movimento Fica UFSM e entrega propostas à reitoria

“Nós temos consciência de que é muito importante para a comunidade que a universidade não vire as costas para a região. E nós não faremos isso.” A afirmação é do reitor Paulo Burmann, durante reunião realizada na terça-feira (4) na Câmara de Vereadores de Silveira Martins. Durante a reunião, aberta à participação do público, o reitor procurou rechaçar, com ênfase, os boatos sobre o fechamento do campus da universidade no município. Na ocasião, Burmann também recebeu um relatório com propostas elaboradas pelo movimento Fica UFSM, criado em setembro deste ano pela comunidade local.

Juntamente com o vice-reitor Paulo Bayard, também presente na reunião, o reitor expôs para a comunidade que, na defesa da continuidade do campus de Silveira Martins, ele e sua equipe inclusive enfrentaram e resistiram à contrariedade de representantes do Ministério da Educação.

“Nós estamos lá defendendo, com o toco da espada, e vamos continuar defendendo. Assumimos um compromisso com a comunidade e dissemos isso à equipe do ministério: é compromisso da universidade manter a estrutura de Silveira Martins funcionando. Nos dêem um prazo para que a gente apresente indicadores que justifiquem o investimento público que está sendo feito em Silveira Martins”, conta Burmann.

Os boatos sobre o fechamento do campus são infundados. Entretanto, são bastante evidentes os problemas enfrentados pela Unidade Descentralizada de Educação Superior da UFSM em Silveira Martins (Udessm). Em funcionamento desde o segundo semestre de 2009, a unidade foi criada com recursos do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). De início, foram oferecidos quatro cursos, os de tecnologia em Gestão de Turismo, Gestão Ambiental, Agronegócio e Processos Gerenciais, cada um com 50 vagas abertas por ano.

À época de sua criação, a unidade era a grande esperança para o pleno desenvolvimento dos potenciais econômicos (principalmente em áreas relacionadas ao turismo e agricultura) dos cerca de 2.500 habitantes de Silveira Martins – e para o restante da população da Quarta Colônia. As expectativas, porém, foram frustradas pela baixa procura de candidatos a estudar na Udessm e também pelos altos índices de evasão dos alunos.

Desde então, várias soluções foram tentadas para tornar a Udessm mais atrativa para o público interessado em obter um diploma de curso superior. Estas tentativas incluíram o ingresso via Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o fechamento de um curso (de Processos Gerenciais) e a sua substituição por um bacharelado ­em Administração. Foi criado inclusive um Bacharelado Interdisciplinar em Ciências e Humanidades, voltado para candidatos que tenham abandonado a graduação e estejam interessados em voltar à universidade. Atualmente, a UFSM também disponibiliza transporte diário entre Silveira Martins e Santa Maria.

Tudo isso pouco adiantou, como atesta o atual número de alunos da Udessm, os quais somam apenas 206 estudantes matriculados. Além disso, entre os cursos da unidade, apenas o de Administração teve um número de candidatos inscritos superior ao de vagas ofertadas no Vestibular 2014.

Na opinião do vice-reitor, “o que nós não podemos, em hipótese alguma é manter da maneira que está. Nós temos um potencial de termos aqui (em torno de) 1.500 estudantes e nós temos 200 estudantes…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

2 Comentários

  1. Problema não é educacional. O objetivo anunciado é melhorar a economia local, mas existe uma clara intenção de arrecadar dividendos políticos também.
    E a solução qual foi? Colocaram cursos que só precisam de sala de aula, biblioteca e laboratório de informática.
    Era mais fácil colocar linha de ônibus todo dia para trazer os alunos até SM. Silveira está muito perto da sede. Vide a diferença de Cachoeira do Sul.

  2. Ampliar algo que não deu certo? Quanto tem custado aos cofres públicos a baixíssima procura de vagas do curso da área de informática, por exemplo? Todos os anos sobram dezenas de vagas para reingresso. Não tem sentido manter cursos desse porte em cidadezinhas que ninguém quer se mudar, pois é um dos cursos mais procurados no Brasil.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo