Um mês depois. Tratamento contra câncer, afinal,ajuda ou atrapalha a luta eleitoral de Dilma?
Tales Faria escreveu no Jornal do Brasil, e comentei aqui no final do mês passado, acerca das possibilidades de ganho ou perda eleitoral, por Dilma Rousseff, a partir do anúncio do tratamento contra o câncer a que está sendo submetida. Faria, que assina a coluna Coisas da Política, mais que opinar, trouxe as avaliações de dois craques da pesquisa eleitoral no país, Marcos Coimbra e Carlos Montenegro.
Pois bem, passado um mês daquela conversa, Faria volta a tratar do assunto. Para, curiosamente, dizer que ambos se enganaram então, por mais craques que sejam (e são). E até avança mais, em relação ao que se dizia e publicava um mês atrás. Confira o que o jornalista do JB escreve no Blog dos Blogs. A foto é de Antonio Cruz, da Agência Brasil. A seguir:
Dilma e os mitos em torno da eleição
Esta coluna publicou entrevistas com Marcos Coimbra, presidente do instituto de pesquisas Vox Populi, e Carlos Augusto Montenegro, do Ibope, no dia 28 de abril. Em linhas gerais, eles diziam que o câncer da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, não influenciaria o eleitor na sua escolha para presidente da República em 2010. Coimbra ia além, argumentando que quem tentasse utilizar isto na campanha – tanto a ministra como seus adversários – poderia, este sim, sair prejudicado.
Lamento informar, mas acho que Coimbra e Montenegro erraram, apesar de serem dois dos melhores analistas de opinião pública que há por aí. A julgar pela pesquisa divulgada pelo PT na sexta-feira – de autoria do próprio Vox Populi – Dilma está se beneficiando da doença, sim. Nos cinco cenários pesquisados pelo instituto, a ministra ficou entre 19% e 25% das intenções de voto. Nunca antes ela havia alcançado nada assim. E a sondagem foi feita entre os dias 2 e 7 de maio, portanto depois do anúncio de que precisou retirar um tumor maligno do organismo.
Tenho a impressão de que, se o câncer da ministra mostrar-se curado, o medo de que a doença atrapalhe sua atuação administrativa será muito menor do que o sentimento de solidariedade do eleitor. E ela poderá se beneficiar disso na campanha, se não cometer exageros. Lembro quando Ciro Gomes era candidato em 2002 e se descobriu que sua mulher, a atriz Patrícia Pillar, tinha câncer. A moça até raspou a cabeça. Ficou linda, fez anúncios na TV. O grau de simpatia pelo marido cresceu absurdamente. Ciro acabou naufragando porque teve sua imagem desconstruída pela equipe de José Serra. E o próprio candidato se entregou aos seus costumeiros destemperos verbais. Mas que havia se beneficiado do tema, isso é inegável…
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SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui , se desejar, também outros textos de Tales Faria, do Jornal do Brasil, no Blog dos Blogs.
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