A foto que ilustra esta nota é de uma mulher risonha. Alegre. Não importa a circunstância. Sempre pairando acima do ambiente e oferecendo a segurança de sua presença. Lembrei da foto porque a tinha visto e se perdeu em meus arquivos, e foi resgatada pelo colega Tiago Machado – que a fez em 2010, quando esta linda senhora, então com 89 anos, declarou apoio ao ex-prefeito Valdeci Oliveira, candidato a deputado estadual pela primeira vez.
Sim, é dona Elly, como sempre a chamei. Aliás, como sempre a chamamos todos nós de várias gerações, e não apenas a de Tarso, o filho mais famoso. Lembrei de dona Elly Herz Genro esta manhã, ao saber de sua morte. Menos pelos telefonemas que recebi (num deles para tentar saber o número do telefone do Candinho, a quem queria agradecer por algo que não lembro), em que jamais esquecia de perguntar “pela menina, a amostra gratis” (apelido antigo da Bianca Pereira, que, quando soube, riu e nunca esqueceu).
Poderia escrever ad infinitun sobre essa mulher fantástica, protetora de todos nós, que lutávamos, com as forças possíveis, contra a ditadura. Sim, como disse alguém, fácil é defender a ditadura na democracia, quero ver fazer o oposto. Nós fazíamos. Muitos. Inclusive Dona Elly – que o fazia cuidando dos seus e de todos nós. Com seu olhar. Com seu jeito. Com seu sorriso. E é disso que lembrei. Daquela doçura infinita, que “disfarçava” a fortaleza de que era constituída.
Aos que querem informação pura e simples, recomendo a leitura de outros sítios. Aqui, fica apenas o sentimento. E a emoção de todos nós, “filhos” de Dona Elly, esposa do Seu Adelmo, e mãe da Dedé (da minha geração na UFSM, em nome de quem saúdo todos os outros filhos) e vó da Luciana (que representa os demais) e bisavó de Fernando.
SEM MAIS: Dona Elly Herz Genro morreu na madrugada desta quarta-feira, aos 93 anos. Seu corpo chegará em Santa Maria do meio para o final da tarde e será velado no cemitério jardim Santa Rita de Cássia – onde deverá ser sepultado amanhã pela manhã. Lá também foram enterrados Adelmo Simas Genro, o marido, morto em 2003, e Adelmo Genro Filho, falecido em 1988.
ACRÉSCIMOS: se alguém quiser informações adicionais, uma dica é a matéria disponível (se você ainda não ultrapassou o máximo de notas gratuitas do mês) na versão online do Diário de Santa Maria (AQUI)
Tia-avó, ela foi além do significado de ser humano.Estive ontem a noite no velório. O sorriso estampada mesmo no sentido horizontal que todos nos chegaremos um dia.Saudades
Claudemir, realmente a D. Elly foi protetora e amiga para momentos alegres ou tristes dando segurança com seu acolhedor e suave olhar.