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É da Universal. A grande questão é: que farão os novos donos das Rádios e TV Guaiba?

A notícia foi divulgada primeiro na noite de anteontem, pelo site especializado Coletiva.Net. Na manhã de ontem, leu-se o que publicou o jornal Zero Hora, do grupo RBS. E durante o dia, intensa repercussão. E, sobretudo, dúvidas. Uma delas, e a principal: o que farão os novos donos das rádios e TV Guaíba, adquirida por um valor (não confirmado) aproximado aos R$ 100 milhões, pela Igreja Universal?

 

Segundo me informou um dirigente sindical dos radialistas, ontem à tarde, são 130 funcionários, nos três veículos. Será mantido o jornalismo na AM Guaíba? E a TV, a única verdadeiramente independente de qualquer rede, na telinha dos gaúchos que só podem ver televisão aberta, na Grande Porto Alegre, o que vai acontecer com ela. Aliás, essa, em relação à TV, é a única certeza: vai transmitir a Record. Só que não antes de 2008 – a menos que rompa o contrato que mantém com a TV Pampa, o que significaria bastante dinheiro. Se bem que $$$ não parece ser o problema da Igreja Universal.

 

E a rádio Guaíba, vai manter o jornalismo? De que forma? E o futebol, do qual é pioneira em transmissão de Copa do Mundo no Rio Grande do Sul? A grande questão é que, enquanto ninguém falar (e isso não ocorreu ontem, durante o dia), os boatos vão se impor. Aliás, no momento em que escrevo, a exceção de um diretor do Correio do Povo (que ficou fora da negociação, embora pertença ao mesmo dono das rádios e da TV, e não deu ontem uma linha sobre a venda), ninguém confirmou a negociação. Menos ainda o destino dos três veículos.

 

Em todo caso, vou reproduzir, a seguir, uma das notícias do Coletiva.Net sobre o tema. E também a repercussão nacional, com a reportagem do site especializado Comunique-se. Confira:

“Venda das rádios e TV Guaíba repercute no mercado” (Coletiva.Net)

Caiu como uma bomba no mercado a notícia publicada ontem com exclusividade por Coletiva.net detalhando a venda das rádios Guaíba AM e Guaíba FM e da Televisão Gaúcha para a Rede Record, de São Paulo. Foi o comentário dominante nos meios político e empresarial do Rio Grande o Sul no final da tarde, todos surpreendidos com a rapidez com que foi concretizado o negócio. À noite, sem acrescentar maiores detalhes, o diretor da Empresa Jornalística Caldas Jr., Carlos Ribeiro, confirmou para Zero Hora a operação realizada com a organização paulista, de propriedade da Igreja Universal do Reino de Deus, do bispo Edir Macedo. A edição de hoje (quinta) do Correio do Povo silencia sobre o assunto.

O vice-presidente da Rede Pampa, Paulo Sérgio Pinto, informou que há alguns meses a Record, cuja programação a Pampa retransmite no Rio Grande do Sul, entrara em contato para adquirir o controle da empresa gaúcha. “Mas o Gadret respondeu que não vende por dinheiro nenhum”, disse Paulo Sérgio, referindo-se ao presidente Otávio Gadret. “Ainda vai rolar muita água debaixo desta ponte”, respondeu ele, quando questionado sobre os passos da Rede Pampa em relação ao futuro, já que o contrato com a Record encerra-se em meados de 2008 para as transmissões conjuntas na emissora de Porto Alegre…”

SE DESEJAR ler a Coletiva.net, que traz esta e outras notícias sobre o mercado de comunicação gaúcho, clique aqui.

 

 

“Record compra rádios e TV Guaíba (Comunique-se)

 

Foi confirmada na noite da quarta-feira (21/02) a venda de três veículos do Sistema Guaíba – Correio do Povo, grupo gaúcho de comunicação, para a Record. A televisão Guaíba e as rádios AM e FM de mesmo nome, todos sediados em Porto Alegre, passaram para o controle do grupo do bispo Edir Macedo, que também é líder da Igreja Universal do Reino de Deus. O jornal Correio do Povo e os veículos online do grupo gaúcho não foram incluídos na negociação.

 

Em entrevista ao Zero Hora, Carlos Ribeiro, diretor do Sistema Guaíba, não forneceu maiores detalhes sobre a negociação, apenas confirmou a venda. O valor da transação é especulado em cerca de R$ 100 milhões. Atualmente, a televisão Guaíba produz poucos programas, exibindo em boa parte de sua grade atrações produzidas por terceiros que compram espaço de exibição na rede.

 

Uma das preocupações dos jornalistas gaúchos com a negociação é que a Record acabe com alguns desses programas, muitos deles tradicionais no estado, como o “Câmera Dois”. Outro risco, manifestado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, é que ocorram demissões na Pampa, atual retransmissora da Record no estado, e que, sem produção própria expressiva, poderá enfrentar dificuldades após o fim da parceira com a emissora paulista. O contrato entre Pampa e Record termina no meio de 2008 para Porto Alegre e em 2009 para o interior do Rio Grande do Sul.

 

ARI


Ressalvando a impossibilidade fazer previsões em um momento que as negociações nem estão definidas, Ercy Pereira Torma, presidente da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), avalia que a entrada da Record deve incentivar a competição no meio jornalístico do estado. “Se eles vêm interessados em investir na produção local, é provável que criem um núcleo de produção aqui. Não sei como isso se dá em…
”

 

SE DESEJAR ler a íntegra da notícia do portal Comunique-se, clique aqui.

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