CÂMARA. Admar Pozzobom deverá ser o próximo Presidente. A menos que seja necessário um ‘Plano B’
É verdade que há ainda uma reunião ordinária, nesta terça-feira. É provável que, até para limpar a pauta, sessão (ou até sessões) extras ocorram no mesmo dia. Oportunidade derradeira de aprovar o que for possível, antes que tudo comece outra vez do início, já depois do carnaval, quando o recesso de verão encerra.
No entanto, o ano político acaba mesmo é na próxima terça, dia 30, última sessão do ano e, como manda o regimento interno, com pauta única: a eleição da nova Mesa Diretora do Legislativo e a definição dos integrantes das comissões temáticas. Este último ponto, inclusive, pode ficar para depois, se as bancadas não se entenderem. Mas o comando da Casa, com certeza, será neste dia. E em nenhum outro.
Aparentemente, está tudo decidido. Inclusive com a possibilidade de ampliação, com outros vereadores e até partidos aderindo ao hoje estabelecido. Isto é, quem entrar, o faz apenas com sua posição, sem ganhar cargos ou qualquer outra vantagem política. Assim é que Admar Pozzobom, do PSDB, segundo todos os indícios, será o novo presidente – cabendo ao PT indicar o ocupante do mesmo cargo em 2016, e nesse caso o escolhido será Luiz Carlos Fort, que não concorre à reeleição.
Isso é o normal. Mas há sempre, dado o histórico de litígio e traições nas eleições para a Mesa Diretora, a possibilidade de supresa. Que, neste momento, é remota. Repita-se: neste momento. Pelo que o editor apurou entre a sexta-feira e este domingo, os hoje dirigentes do Legislativo, fiadores da indicação de Pozzobom, trabalham também com um Plano B. E até um C. Isso, claro, para neutralizar qualquer “anormalidade”.
Está na conta dos articuladores a possibilidade de alguma(s) deserção(ões). Embora dada como improvável, se acontecer já estaria engatilhada uma solução, com a vinda de alguém (alguns) “do outro lado” – como disse fonte com acesso às negociações. E que seria(m) receptor(es) de todas as vantagens usufruídas pelos eventuais “desertores”.
Pooois é. Só isso já dá a medida do quanto pode ser emocionante a última semana do ano, com direito ao feriado de Natal justamente no meio.
Quem apoiar volta da turma que governou a Câmara até 2013 estará apoiando o abafamento da CPI da Kiss? a prematura e estranha compra dos móveis da obra nova da Câmara antes mesmo da conclusao do predio? o caso do sumiço dos celulares da Camara? as gestões que estão sob analise de uma inspeção extraordinária do Tribunal de Contas?
Por mais que o grupo atual tente mostrar que está tudo ok, a grande chances de virada de mesa, diria até que maiores do que a possibilidade de Admar ser presidente! Palpite da votação 12 a 9 contra.