No fechamento do mandato do governador Tarso Genro, os secretários, de uma forma geral, têm produzido artigos contendo balanço de suas ações. É o caso, por exemplo, de Cláudio Fiorezi (foto ao lado), que é da região e assumiu a pasta em meados deste ano – mas estava lá desde o início do governo, em 2011. Esse é o artigo que sua assessoria enviou ao sítio e, claro, aos demais veículos de comunicação. Acompanhe, na íntegra:
“Quando o diálogo e a ação transformam
Contar com a confiança do homem do campo, abrindo-lhes amplos espaços de diálogo, foi fundamental para a Secretaria da Agricultura desde 2011. Já no início, e com razão, o setor arrozeiro exigia ações contra a grave crise que combinava preço aviltante, supersafra, estoques elevados e concorrência das importações. Imediatamente, o Governador Tarso Genro liderou a mobilização e obteve da Presidenta Dilma R$ 2,7 bilhões para escoar a produção e renegociar dívidas históricas. O setor passou a outro patamar, com estabilidade, exportações maiores que importações e a consolidação da soja como diversificação da renda dos orizicultores.
Foi este o ritmo imprimido até agora. Nossa visão foi sempre aumentar a produção, a qualidade e, consequentemente, a renda privada e pública. Entendíamos ser vital para isso 1º) a recuperação das funções públicas da pasta e das suas vinculadas (Fepagro, Irga e Cesa); 2º) amplo diálogo e (re)organização as cadeias produtivas; e 3º) implantar programas de fomento e inovação objetivos e resolutivos.
Somos o único estado a instituir um Plano Safra complementar ao federal, beneficiando nada menos do que 300 mil agricultores, especialmente os familiares e suas cooperativas. Colhemos as três maiores safras de grãos da história e a Expointer saltou de R$ 800 milhões para a casa dos 3 bilhões em vendas.
No leite, o RS foi um dos que mais cresceu, levando-nos para a segunda posição no País, além da criação do Fundoleite e do Instituto Gaúcho do Leite (IGL). O rebanho ovino, devido ao programa Mais Ovinos no Campo, interrompeu a queda e cresceu quase 20%. Organizamos o setor ervateiro com seu fundo e o Ibramate. Na uva, o Ibravin dobrou os investimentos com recursos do Fundovitis.
Na irrigação, o programa Mais Água, Mais Renda (Lei 14.244/2013) triplicou a área irrigada em culturas de sequeiro, que saltou de 105 mil para 300 mil hectares. Apesar de ainda ser pouco, pois semeamos mais de 6 milhões de hectares no verão, mudou a cultura vigente de que investir em irrigação no RS não compensava. Ao contrário, com 70% de probabilidade de estiagens, é o verdadeiro seguro renda do produtor de milho, soja, pastagens e hortigranjeiros.
Na Fepagro, investimentos recordes em seus 18 centros de pesquisa, que hoje possuem 88 graduados pesquisadores e 75 relevantes projetos de investigação. No Irga contratou-se quase 130 técnicos e ampliou-se de 50 mil para 400 mil hectares de soja em rotação com o arroz. A CESA reduziu seu passivo histórico, obteve lucro operacional e agora investe em logística para exportação.
Recuperou-se 250 Inspetorias no interior, os seis Postos de Divisa, contando-se agora com mais 160 fiscais e 30 técnicos superiores, além de separar a defesa da inspeção. Com recursos, fizemos capacitações, inquéritos epidemiológicos, ampliamos intervalo de exames para anemia equina, livramo-nos da traça das maçãs, monitoramos a Helicoverpa na soja e ogreening nos citros, implantamos a Guia de Trânsito Animal (GTA) e a Permissão de Trânsito de Vegetais eletrônicas, além do importante Sistema de Gestão dos Agrotóxicos. Em breve, estaremos livres de peste suína clássica e poderemos pleitear o fim da vacinação contra a aftosa.
Frustrou-nos não ter iniciado a rastreabilidade dos 14 milhões de bovídeos gaúchos, o que impediu o uso imediato desta ferramenta essencial para avançar nosso status sanitário, para combater o abigeato e para certificar amplamente a carne e o leite gaúchos, sem dúvida os melhores do Brasil.
Dar continuidade a esse processo de protagonismo da Secretaria no desenvolvimento agroindustrial gaúcho é o desafio que se impõe para o próximo período. Temos certeza que a semeadura foi boa e as colheitas continuarão a ser fartas. Parcerias no campo rio-grandense não faltarão!
Claudio Fioreze/Secretário Estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio”
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