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DE SOL A SOL. A Agricultura Familiar. Qual o futuro dos pequenos produtores gaúchos, é pergunta crucial

Este é a primeira das seis reportagens que compõem a série “DE SOL A SOL”, que o site publica a partir deste momento. Trata-se de um trabalho do colaborador deste espaço, o jornalista Maiquel Rosauro. Em sequência, os textos e fotos pretendem mostrar.. Bem, confira você mesmo:

Gôndolas ficaram vazias após apreensão no Feirão Colonial realizado no Natal. Foto
Gôndolas ficaram vazias após apreensão no Feirão Colonial realizado no Natal

Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto)

Último dia do ano. O sol ainda nem nasceu em Santa Maria, mas o aroma de verduras e embutidos já domina os pavilhões do Feirão Colonial, no Centro de Referência em Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter. Semanalmente, dezenas de pequenos agricultores, provenientes de toda a região Central do Rio Grande do Sul, oferecem no local produtos da agricultura familiar.

Embora o clima seja de festa, também há um sentimento de tristeza misturado com indignação. Há uma semana, no Feirão de Natal, uma ação do Grupo de Combate ao Abigeato e ao Abate Clandestino – formado por Polícia Civil, Brigada Militar, Secretaria de Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), Secretaria de Saúde do Estado, Secretaria da Fazenda do Estado, Vigilância Sanitária Estadual e Municipal, Procon e Secretaria de Município de Desenvolvimento Rural – apreendeu queijos, vinhos e vinagres coloniais, embutidos e carnes de frango e de porco dos feirantes.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Rural de Santa Maria, Rodrigo Menna Barreto, os produtos apreendidos estavam impróprios para consumo porque não possuíam carimbo de inspeção sanitária e nota fiscal.

– A Defesa Sanitária é a última barreira entre todas as doenças que podem ser transmitidas pelos alimentos e o consumidor. Temos várias propostas de incentivos, campanhas de conscientização e palestras com os produtores. Se ocorrer um problema de intoxicação, o produtor é responsabilizado. Por isso é importante seguir as normas corretas de produção e estar regulamentado – explica Barreto.

Em nota envida à imprensa, referente à apreensão no Feirão Colonial, o secretário estadual de Agricultura, Claudio Fioreze, destacou que o governo Lula implantou o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), em 2006, e que o governo Tarso, implantou em 2012, o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agroindustrial (Susaf). Ambos são destinados aos municípios que desejam implantar a equivalência sanitária dos serviços de inspeção (SIM). O Suasa abre a possibilidade de vender em todo o país, enquanto que o Susaf para o mercado estadual.

A meta da Secretaria Estadual da Agricultura era fechar 2014 com 50 municípios homologados ao Susaf, porém apenas cinco conquistaram a adesão ao sistema. O Susaf é visto como a solução para garantir o desenvolvimento das agroindústrias familiares, artesanais e de pequeno porte, que produzem produtos de origem animal (queijo, salame, mel, ovos, peixes…), cuja área industrial construída seja de até 250 m² (fora os anexos) e estejam legalmente constituídas, de acordo com a legislação municipal.

Com a fiscalização sendo ampliada, inclusive em véspera de Natal, e com o Susaf tornando-se uma incógnita perante a troca de governo estadual, é plausível questionar qual o futuro dos pequenos produtores rurais gaúchos? Mas antes de buscar responder esta questão, é preciso entender o que deu errado na principal proposta do governo Tarso para a agricultura familiar.

A SEGUIR:

“De um lado, a nítida má vontade dos gestores. De outro, a culpa é da burocracia” (AQUI)

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