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O que deixamos de fazer em 2014 – por Carlos Costabeber

Depois de mostrar as boas notícias de Santa Maria nesse ano, senti a necessidade de fazer um “mea culpa”, enfatizando o quanto deixamos de fazer. E não foi pouca coisa!

1) Estou convencido que o maior mal que nos acomete, é a FALTA DE DIÁLOGO entre as entidades e lideranças locais. Essa tese defendo há uma década (quando escrevi “Orçamentos de Santa Maria não conversam entre si”), permanece onde sempre esteve. Conversamos muito pouco, somos pouco articulados, perdendo inúmeras oportunidades de crescimento e milhões de reais todos os anos. Os orçamentos da UFSM, do Município e das Forças Armadas poderiam estar em permanente avaliação coletiva, para explorarmos ao máximo cada centavo que circula na cidade. É uma questão cultural; uma barreira que deve ser quebrada.

2) AMAMOS POUCO Santa Maria. A cidade não é bem cuidada por nós, moradores: suja, pichada, calçadas esburacadas, ruas mal conservadas, pouca arborização, praças abandonadas, macegas nas sarjetas, esgoto a céu aberto.

Quem vem de fora, fica chocado com o estado da cidade. E a culpa menor é da Prefeitura, que tem um orçamento muito pequeno para atacar em todas as frentes. A CULPA MAIOR É DE CADA UM DE NÓS, pois não demonstramos o amor que dizemos ter pela cidade. Uma tristeza! Por isso insisto: “Amar Santa Maria, é CUIDAR de Santa Maria”.

3) FISCALIZAÇÃO é algo quase existente. Também por falta de dinheiro, a Prefeitura deixa de fazer algo prioritário: ter um quadro ferrenho de fiscais, para colocar a casa em ordem e punir os infratores. Somos muito relapsos nesse sentido !

4) FAZER MAIS COM MENOS é o grande compromisso da Prefeitura. Se o dinheiro é curto, ele deve ser muito bem aplicado. Mas aqui ainda observamos o desperdício em várias frentes, a começar com um quadro excessivo de CCs no Executivo e no Legislativo. A Prefeitura precisa de um “choque de gestão” urgente, e o próprio Cezar Schirmer sabe disso.

5) A CÂMARA também precisa olhar para o próprio umbigo, cabendo a cada vereador uma análise crítica de sua atuação; do que realmente contribuiu para a cidade. A Câmara não pode ser coadjuvante; tem de ser protagonista do desenvolvimento;

6) Faltou maior abertura do Município para discutir o Plano de Saneamento e o Plano de Mobilidade Urbana;

7) Precisamos ampliar o trabalho conjunto  entre as forças de segurança, com compartilhamento de informações; e também implantar o policiamento comunitário (no enfrentamento às drogas, vandalismo e pichações);

8) A BUROCRACIA na Prefeitura é um dos pontos que mais recebe críticas da comunidade, emperrando o crescimento e a vontade de se investir;

9) ANIMAIS – apesar da legislação em vigor, na prática não andaram as políticas de proteção aos direitos dos animais;

10) LIXO – Santa Maria recebe o lixo de diversas cidades, mas pouco se sabe sobre o que é feito com os resíduos recicláveis. ESTAMOS PERDENDO UMA FORTUNA, em não dar um destino econômico e social ao lixo.

E por aí vai…

UM FELIZ 2015 para todos, com votos de uma SANTA MARIA MAIS RICA E FELIZ.

 

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4 Comentários

  1. 15 anos fora. Total falta de noção na aldeia. Dissociação cognitiva. Sapos cozidos em fogo brando. Além disto, é necessário cuidado nas críticas a cidade. Não vai faltar um tabacudo dizendo que é pessimismo ou desacatando/desqualificando sem peias.

  2. Sou daqui e morei fora por 22 anos. Quando voltei fiquei realmente assustada com o que encontrei.A cidade tá feia, abandonada, mal cuidada. Fiquei realmente triste e nas tentativas que fiz para ajudar, conversando com alguns colegas publicitários ouvi que "aqui é diferente, é assim mesmo", só pq esteve fora não acha que pode inventar coisas aqui". Acho essa atitude tão triste quanto a falta de cuidado com a cidade. Realmente desanimador!

  3. Santamariense com baixo auto-estima é coisa que não existe. A mentalidade insular da comuna é algo de apavorar.
    A aldeia já foi centro ferroviário. Acabou. Virou centro militar e universitário. Com a ampliação do ensino superior, a vantagem de ter várias faculdades se relativizou.
    Olham para a UFSM como uma bóia de salvação.
    Pelotas teve vários ciclos econômicos. Faculdades? Federal de Pelotas e a Católica. Não muito longe fica Rio Grande com outra federal. Nada impediu a decadência econômica da região e o papel das faculdades sempre foi residual. Foi preciso um presente, o polo naval. Que também faz água.
    Santa Maria precisa pensar seu lugar no mundo e não só no RGS ou no Brasil.
    E os problemas? A maioria só se resolve com um pacto federativo, não é diferente dos problemas de outros municípios.

  4. Um tempo atrás, o chefe-executivo disse que os Santamarienses tinham autoestima baixa(sic).E a prefeitura dando uma força para que cada vez diminua mais. Essa administração descobriu a América com a questão das terceirizações. Potencializou o "faz de conta" e não existe mecanismos de aferição de resultados. Ferramentas de gestão?? Pergunta para o chanceler qual delas ele mais usa?? Gritaria vale, seu Carlinhos?

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