TRABALHO. Grupo de docentes e municipários vai à praça e faz ato por preço menor para plano de saúde
Lideranças dos sindicato dos docentes e municipários, e um grupo de trabalhadores, sobretudo aposentados, estiveram na Praça Saldanha Marinho (e também no Calçadão), no final da tarde. O que eles foram fazer lá, sob os auspícios dos sindicatos da categoria, você fica sabendo através da assessoria de imprensa do Sinprosm. O material (texto e a foto) é assinado por Gregório Mascarenhas. A seguir:
“Para a Prefeitura, o servidor que não tem dinheiro fica sem assistência à saúde”: professores e municipários realizam manifestação e panfletagem na Saldanha Marinho
O Sinprosm e o Sindicato dos Municipários realizaram, na tarde desta sexta-feira, um ato em repúdio à subida do preço dos planos de saúde dos servidores da Prefeitura Municipal através do Instituto de Previdência e Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Municipais de Santa Maria – IPASSP-SM. Nem os 33 graus da tarde afastaram os servidores da Praça Saldanha Marinho, onde ocorreu a manifestação, composta essencialmente por senhoras aposentadas do magistério municipal – as principais afetadas pela extinção de uma das modalidades de pagamento do plano de saúde, o chamado “Plano por Percentual”. Atualmente, quem tem mais de 59 anos paga R$750 por mês pelo plano de saúde.
Após as falas dos dirigentes dos dois sindicatos, os próprios manifestantes decidiram por caminhar pela praça e pelo Calçadão para distribuírem uma carta aberta que explica a grave situação pela qual passam os trabalhadores.
Entenda o caso: servidores municipais não poderão arcar com o plano de saúde
A recente extinção do Plano por Percentual, uma das modalidades de pagamento do plano de saúde oferecido pela Unimed através do Instituto de Previdência e Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Municipais de Santa Maria – IPASSP-SM, evidenciou uma situação dramática vivida principalmente pelos servidores municiais com menores salários: o plano atingiu valores tão altos que será impossível para muitos trabalhadores – e, sobretudo, para os aposentados – continuar pagando a fatura mensal. O Plano por Percentual era uma modalidade de pagamento na qual o servidor utilizava uma parcela – que, segundo a última atualização, chegaria aos 30% – de seus rendimentos para pagar o seguro. Outra parte do pagamento (na média, 370 mil reais mensais) vinha da Prefeitura Municipal, mas o valor sempre foi insuficiente para reduzir substancialmente o valor cobrado de cada servidor.
O Conselho Deliberativo do IPASSP, diante das sucessivas dificuldades em pagar os valores do Plano por Percentual, resolveu suspender a modalidade. Muitos servidores que já tinham dificuldades em pagar o seguro ficarão em uma situação ainda mais difícil. Na outra modalidade, que considera a idade para calcular o valor mensal, os valores chegam a mais de R$ 750,86 por pessoa a quem tem 59 anos ou mais. Para os servidores aposentados, que têm o plano mais caro devido à idade e costumam ganhar menos, a manutenção do plano será impossível.
A escolha da Unimed para gestora do plano de saúde se deu por uma licitação aberta em setembro na qual a empresa foi a única participante. Até essa época, os servidores eram segurados por um plano emergencial, que foi criado porque a última concorrência, realizada ainda em março, tinha sido deserta. Nesse plano, o IPASSP poderia pagar uma parte da fatura através de um fundo. Após a licitação, contudo, o instituto ficou impedido de subsidiar os servidores. Por isso, os valores cobrados dos servidores cresceram tanto nos últimos meses.
O Sinprosm repudia a falta de sensibilidade da Prefeitura Municipal com relação à saúde dos trabalhadores do município – não só da educação, mas também de outras categorias – em não aumentar o repasse para o IPASSP. Para Mariane Denardin, da coordenação do sindicato, professores que trabalharam a vida inteira, e que agora precisam de um plano de saúde, estão desamparados: “alguns aposentados ganham pouco mais de 1300 reais por mês e têm de pagar R$ 750 por pessoa. Se são dois familiares segurados, o valor chega a R$ 1500, ou seja, o aposentado escolhe entre comer, pagar o plano ou comprar os remédios”. A sindicalista afirma ainda que o Sinprosm recebe diariamente várias ligações de professores da ativa que não poderão seguir pagando o plano e terão que migrar para o sistema público: “é uma demonstração da elitização do acesso a um plano de saúde”, argumenta.”
O nível de solidariedade da população está muito próxima do zero. A intenção do gestor-prefeito,de mudar alguma coisa, está muitíssimo abaixo deste numero.Portanto, o pleito dos funcionários municipais tem poucas chances de ter um final feliz. Infelizmente. Com esse nivel de satisfação-motivação dessas pessoas lá no chulé, é difícil que tenham algum resto de "incentivo" para prestar um bom serviço. Azar de todo mundo. E ainda tem 2 anos para aguentar tudo isso. Perdoai, Pai, a quem nos tem ofendido…