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KISS, 2 ANOS. Fala um músico que tocou antes da tragédia. Ele leva a vida, mas não esqueceu de nada

Banda Pimenta & Seus Comparsas, de Ijuí, tocando na Kiss, pouco antes da tragédia
Banda Pimenta & Seus Comparsas, de Ijuí, tocando na Kiss, pouco antes da tragédia

De todo o material rememorativo da tragédia da Kiss produzido pela mídia, inclusive nacional, um dos mais impactantes – na opinião (nem sempre) humilde deste editor – é o que traz a palavra de Valterson Wottrich, o “Pimenta”. Vocalista, guitarrista e líder da banda “Pimenta & Seus Comparsas”, teve visão, digamos, privilegiada dos acontecimentos daquela madrugada de 27 de janeiro, na casa noturna.

Valterson e os três demais integrantes do grupo tocaram e cantaram imediatamente antes da banda principal, a Gurizada Fandangueira. Ele perdeu dois amigos (Marcos, casado, sem filhos, e Robson, casado e com uma filha então com sete meses). E sobreviveu junto com o guitarrista Lucas Praucher.

Vale mesmo, no momento em que começam as atividades para lembrar a tragédia, conferir o material originalmente publicado no G1 – que conta, inclusive, como Pimenta e Lucas continuam tocando, e por quê -, o portal de notícias das Organizações Globo. A reportagem é de Caetanno Farias, com fotos de Arquivo Pessoal. A seguir:

Vocalista de banda que tocou na Kiss lembra ‘cortina preta’ e ‘armadilhas’

kiss selo… A Gurizada Fandangueira não foi a única banda a se apresentar na boate Kiss, em Santa Maria, na trágica madrugada de 27 de janeiro de 2013. Pouco antes do grupo fazer uso de artefatos pirotécnicos que deram início ao incêndio, outros quatro músicos da banda Pimenta & Seus Comparsas subiram ao palco da casa noturna: metade não saiu de lá com vida. Dois anos depois, o vocalista e guitarrista do grupo, Valterson Wottrich, conta que aquele show não era para ter ocorrido naquela data.

Fazia tempos que a Pimenta & Seus Comparsas tentava fazer um show na Kiss. A apresentação havia sido transferida três vezes por questões de agenda. Na última tentativa, uma ligação e uma troca de e-mails selaram o acordo para que eles, finalmente, subissem ao palco da casa noturna. E um detalhe incomum chamou a atenção no contrato: o grupo de Ijuí, com mais de 15 anos de estrada à época, foi informado que faria a abertura para a Gurizada Fandangueira, principal atração da noite. Como a Kiss era um dos espaços mais disputados da movimentada noite de Santa Maria, aceitaram a proposta.

Baixista Robson Van Der Ham e baterista Marcos André Rigoli tocando: eles não sobreviveram
Baixista Robson Van Der Ham e baterista Marcos André Rigoli tocando: eles não sobreviveram

Morreram no incêndio o baixista da banda Robson Van Der Ham e o baterista Marcos André Rigoli. Valterson, o Pimenta – apelido que deu origem ao nome da banda –, diz que lembra bem os momentos vividos antes, durante e depois do incêndio. Recorda da “cortina preta” que invadiu a boate, dos momentos de desespero e correria para sair do local e diz que só depois foi possível perceber as “armadilhas” da casa noturna.

A indicação para tocar na Kiss partiu de um amigo em comum com Elissandro Spohr, o Kiko, um dos sócios da boate, réu no processo criminal sobre a tragédia. Depois que tudo foi acertado e das três trocas de data, a banda chegou a Santa Maria no fim da tarde do dia 26 de janeiro, véspera do incêndio, e foi direto para a boate fazer a passagem do som. Foi quando houve o primeiro contato pessoal com Kiko, que passou orientações ao grupo sobre a noite. Em seguida, os integrantes foram para o hotel e descansaram por algumas horas. Perto da meia-noite, retornaram para a Kiss

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