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Pós-CPMF. Proposta de cortes feita por Lula fortalece também, creia, o discurso de Yeda

Tornou-se pauta obrigatória o programa “Café com o Presidente”, gravado por Luiz Inácio Lula da Silva e reproduzido por centenas de emissoras de rádio de todo o País. E devidamente repercutido na mídia impressa. Pois, ontem, Lula se referiu especificamente à questão orçamentária. E à necessidade de adequação, a partir do momento em que o Congresso rejeitou a prorrogação da CPMF, retirando do governo uma arrecadação estimada em R$ 40 bilhões.

 

Já são, na verdade, conhecidas as alternativas escolhidas pelo Executivo. O aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido dos Bancos (CSLL) e do Imposto sobre Obrigações Financeiras (IOF) foi um dos instrumentos de política econômica utilizados para cobrir parte do déficit orçamentário.

 

Mas, e aí é que está a coincidência com o caso gaúcho, o Presidente referiu à necessidade de todos pagarem a conta. Isto é, não apenas o Poder Executivo, mas também o Judiciário e o Legislativo. No caso deste último, parece evidente que haverá uma poda nas emendas parlamentares. Não nas individuais, muito provavelmente. Mas certamente sobre as coletivas, elaboradas pelas bancadas estaduais. Já no Judiciário, não há exatamente uma convicção sobre o que poderá ou não ser cortado. No entanto, desconfio que a obra da suntuosa sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), orçada em R$ 300 milhões, será no mínimo esfolada, para não dizer ceifada. O atraso é perfeitamente possível. Ou não.

 

O fato é que, no que toca ao Rio Grande, as propostas do governo federal, incluindo ao mesmo tempo um reajuste em tributos já existentes (e que, segundo fonte jurídica que consultei, perfeitamente legal – ao contrário do que, política e legitimamente, contesta o DEM) e corte de recursos destinados aos três poderes, fortalece bastante o discurso da governadora gaúcha Yeda Crusius, do PSDB.

 

Não custa relembrar que a proposta do Palácio Piratini, que ainda não foi arquivada, inclui exatamente o mesmo remédio. Quer dizer, objetivamente: Yeda tem companhia, quando fala em ajuste fiscal. E isso que a situação das finanças públicas do País, proporcionalmente, é infinitamente melhor que a da província de São Pedro. Então…

 

 

SUGESTÃO DE LEITURAconfira aqui a reportagem “Lula diz que corte de gastos atingirá os três poderes”, de Carolina Pimentel, da Agência Brasil.

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