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Sina. A incrível dificuldade do governante para demitir. Mesmo quando é um imperativo

Conheci um prefeito que criava problemas de toda a ordem para um secretário. Não gostava dele e o queria longe, beeem longe do gabinete do Executivo. Só tinha um problema: embora uma nulidade (no entendimento do chefe), era amigo pessoal de Sua Excelência. Como demitir? Não tinha jeito. A não ser fritá-lo ao ponto de o pedido de demissão pousar na mesa do prefeito.

 

Aliás, “fritar” é o expediente mais utilizado pelos governantes, quando querem se livrar de alguém. Ou dar atestado público de humilhação, espalhando a notícia de que tal ou qual assessor é um inepto, ou mesmo não está nas graças do chefe. Funciona, habitualmente.

 

A governadora Yeda Crusius, é a minha impressão, está na lista de quem tem essa dificuldade. Não precisa ir muito longe para lembrar a demissão da presidente da Fepam – amiga pessoal da Chefe do Executivo – para entender como a coisa funciona.

 

E o Lula? Este é o pai-dos-pais em termos de irresolutividade. Quando a coisa é óbvia, então, a situação se torna mais complicada ainda. Veja-se o caso do ministro da Defesa, Waldir Pires. Além de amigo pessoal, tem um agravante: o Presidente o retirou de um local onde ele trabalhava muito bem, a Controladoria Geral da União, e o levou para o lugar que era ocupado pelo Vice-Presidente José Alencar. E agora, como fazer para demiti-lo, embora seja uma obviedade?

 

Não é caso único, no governo federal, por certo. Mas é o mais saliente. E o Presidente terá que resolver a questão. Não porque queira, mas porque é necessário para a própria gestão da crise aérea. É isso. E nem precisa mais.   

 

SUGESTÃO DE LEITURAconfira a nota “Celso Amorim e Paulo Bernardo são favoritos para o lugar de Waldir no Ministério da Defesa”, de Fernando Rodrigues, da Folha de São Paulo.

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