Operação Xadrez (7). A verdade é uma só: constrangimento total abate o PDT santa-mariense
Num primeiro momento, apenas a desconfiança. Depois, a confirmação, que veio em reportagem publicada no Diário de Santa Maria, ontem, em texto assinado pela editora de política, Iara Lemos. Sim, a gente influente expressão utilizada no dia anterior, inclusive a este repórter, pelo delegado federal Diogo Caneda dos Santos, era o presidente municipal do PDT, Juici Passini – um dos nove detidos em Santa Maria pela Operação Xadrez, que investiga jogos de azar, contrabando e que poderá indiciar a todos (mais seis detidos em Santa Cruz do Sul, Cianorte e Cascavel) também por formação de quadrilha.
É evidente, e aqui – mais que em qualquer outro lugar (humildade e modéstia às favas) – você teve provas inequívocas desse comportamento, que ainda não há culpados, muito menos condenados. Aliás, sequer há indiciados ou processados. As evidências até podem indicar esta possibilidade. Mas não há nada definitivo. Tanto que a descoberta de um dos nomes detidos se deu pelo talento da reportagem do DSM e não por disposição da polícia na divulgação.
Dito isto, é também cristalino o constrangimento que toma conta do PDT de Santa Maria. E não apenas por Juici Passini, acrescente-se. Ele é líder inconteste da agremiação, tendo o grupo de que participa conquistado 61% dos votos dos filiados que compareceram à convenção de 20 de outubro. Mas também porque, só faz duas semanas, outros importantes nomes do partido, a eles ligados organicamente (caso de Ferdinando Fernandes) ou historicamente (como é José Fernandes), também foram apanhados pela Polícia Federal e, o que já é confirmado pelos delegados responsáveis, serão indiciados a partir das investigações conduzidas pela Operação Rodin.
Por uma coincidência, os Fernandes deram forte apoio à chapa de Duda Barin (que também é coordenador do DCE da UFSM), em contraponto a Passini. Então, e se fala de apenas um mês atrás, a disputa se dava, não é demais lembrar, entre os que apoiavam a Frente Popular Trabalhista e o petista Paulo Pimenta (Passini e grupo) e os que admitiam a hipótese de fechar com o PMDB e Cezar Schirmer no pleito de 2008 (Duda e aliados).
E agora, como fica tudo isso? Um importante nome do partido do falecido Dr Leonel, com quem conversei perto do meio dia de ontem, parecia absolutamente desolado. Não disse, mas ficou perceptível o constrangimento. E a necessidade de, afora aguardar os desdobramentos policiais-judiciais dos dois episódios, separados por apenas duas semanas, recobrar as forças pedetistas para os embates futuros. E, claro, para os desafios políticos também do presente. Como isso se dará? É bastante provável que poucos saibam. Se é que sabem.
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