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POLÍTICA. Os três cenários possívels para Dilma, no prognóstico de um jornalista. Sim, pode haver outros

Encruzilhada política: qualquer que seja o desfecho, é certo que não será pela internet
Encruzilhada política: qualquer que seja o desfecho, é certo que não será pela internet

Que a situação não está mansa, qualquer um percebe. Que permite até alguns devaneios bastante fora da realidade. Exemplo? Vi duas ou três ou quatro postagens no Feicebuqui, de grãfinos da cidade, chamando “todo mundo” para um ato pró-impeachment.

Fiquei a pensar, cá comigo: esses chamadores estarão bem longe do local projetado para o encontro, pois são antes de tudo “militantes” de internet. Têm horror à rua. Que é, como se sabe, onde as coisas acontecem. Para não ficar apenas no trololó, entre os “líderes” está uma dondoca desconhecida da população e um senhor cujo maior interesse são excursões pelo exterior.

Mas isso é só um detalhe. O fato é que há, sim, uma crise. E que permite a elaboração de prognósticos sérios. Como o feito, entre outros, pelo jornalista Luis Nassif, no portal em que é o editor. Vale conferir, mesmo que seja, se for o caso, para discordar. A seguir:

Os cenários politicos possíveis

Cenário 1: impeachment

Hipótese aventada de forma algo irresponsável nas redes sociais e por alguns tiranossauros da oposição.

Significaria a paralisação virtual do governo – e do país – em um momento em que lavram incêndios consideráveis na Petrobras – com o comprometimento da cadeia do petróleo e gás – e uma instabilidade forte no mercado financeiro, nas contas fiscais e correntes.

De cara, ocorreria o agravamento dos problemas econômicos, aos quais se somarão embates políticos de monta, deterioração do mercado de trabalho.

No momento seguinte, dúvidas de monta sobre o que seria o novo governo. Tem-se, em uma ponta, um PSDB radicalizado, que racharia o país em dois; e um PMDB moderador, mas uma colcha de retalhos, hoje sob a liderança do político mais negocista da República – Eduardo Cunha. E um partido – o PT – que só se mobiliza na desgraça.

Cenário 2: Dilma sem mudanças

Dilma consegue ultrapassar a fase crítica atual, mas continuará submergida pelo centralismo, falta de iniciativa, indefinição em relação às políticas públicas e impasses com o Congresso.

Serão quatro anos com a economia se arrastando, a oposição brandindo a política de escândalos, os conflitos recorrentes com o Legislativo. Por enquanto, é o cenário mais provável.

Cenário 3: Dilma com mudanças

Por alguma razão divina, abre-se a cabeça da presidente e ela resolve descentralizar as decisões, definir rumos para seu governo, estimular um projeto social de fôlego, que seja a contrapartida dos ajustes fiscais atuais. Por ora, é o cenário mais improvável.

***

A definição desses cenários dependerá, em grande parte, dos próximos passos da Lava Jato e da cabeça da presidente

O único fator previsível, por enquanto, é o da cabeça da presidente: não há o menor sinal de que ela abdique de seu estilo atual, de centralismo com baixo discernimento.

Por outro lado, pela alta dose de imprevisibilidade, o impeachment dificilmente será levado adiante. O tema será basicamente utilizado para manter Dilma e o PT sangrando e na defensiva…”

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3 Comentários

  1. Como seria bom se a presidente tivesse uma atitude digna
    de renunciar, ela o presidente do senado e o da câmara, e todos os envolvidos no esquema de corrupção, e por mais que o vice Michel Themer não seja de todo nosso agrado assumisse, e não por expectativa de movimentos (passeatas). as investigações correriam seu curso normal, e o "país" continuava trabalhando, mas utopia a parte vamos ver no que vai dar. ainda somos muito jovem e com esse governo que quer fazer passar como fossemos crianças.

  2. "Se os tucanos tivessem ganho a eleição e fizessem metade do que foi feito….
    Porem não ganharam, perderam no contar dos votos.
    Democraticamente.
    Simples assim.

  3. Festival de bobagens. Quando ocorreu o movimento para o impeachment do Collor, o PT não queria só derrubar o presidente. Queria eleições gerais depois. O partido guardião da moral iria se dar muito bem, ainda mais com Lula concorrendo para presidente. Mas tentar fazer com que o vice não assumisse como manda a regra não era golpe.
    Não existe motivo objetivo para impeachment, o Brasil tem um sistema que beira o parlamentarismo, mas incompetência não é motivo para tirar o presidente. O cenário pintado por Nassif, que obviamente não tem ligação com o PT, é totalmente chutado. O PMDB assumiria o governo, mas o PMDB do vice, de Temer. Tentam fazer colar a idéia de novas eleições de novo. Lula candidato, óbvio. E o caos econômico pintado é na base "ruim com nós, muito pior sem nós". Ridículo.
    Cenário 2 é de fato o mais provável. Dilma não consegue fugir de quem ela é. Dizem que ela vai para o NE, vão apostar na divisão do país de novo, na luta de classes e no preconceito. Irão tentar melar a Lava a Jato porque se fazem o diabo para se eleger, não irão fazer diferente para ficar com o poder. Daqui a pouco serão anunciadas novas obras faraônicas, com as empreiteiras que estão aí ou com chinesas, com dinheiro da iniciativa privada ou com dinheiro chinês. Não importa.
    Cenário 3 é muito improvável, porém não é impossível. Ninguém faz ajuste fiscal porque quer, faz porque é obrigado. E faz porque falta dinheiro e sem grana não tem projeto social (salvo alguma aventura bolivariana ou populista kirchnerista). Vide bolsas do FIES, seguro desemprego, etc. Se os tucanos tivessem ganho a eleição e fizessem metade do que foi feito, UNE, CUT, MST, todos na rua e o diabo a quatro, greve geral, pedido de impeachment (que não seria golpe).

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