Casamento – por Antonio Candido Ribeiro
Foram meses de namoro, de acenos, propostas (decorosas todas), período em que tentei resistir galhardamente à corte. Isso, desde o início de outubro passado, quando me afastei de A Razão, onde há anos escrevia uma crônica semanal. Aliás, coincidentemente, comecei a escrever, como colaborador, para jornais locais há mais de 30 anos, em A Razão, ainda sob a direção do querido amigo Luizinho de Grandi, quando um jovem talentoso e promissor jornalista chamado Claudemir Pereira era Editor-chefe do jornal.
Depois, questões profissionais me afastaram de Santa Maria e quando retornei colaborei com a jornal A Cidade e, mais tarde, eventualmente, com o Diário de Santa Maria, para então, mais uma vez, há quase dez anos, voltar à antiga casa, onde permaneci, como dito, até início de outubro.
Nessa época (outubro), como ele próprio informou, começou a corte do Claudemir. E eu resistindo, porque estava me sentindo bem com um compromisso a menos. Além da atividade profissional, compromisso fundamental, tenho o Sala de Debate na Rádio Antena 1, o comentário semanal no programa Redação Aberta da Rádio Universidade, o Santa Maria Frente a Frente na TV Santa Maria, os meus parceiros de Literatura (Grupo do Café), o Consulado do Grêmio, a Turma da Quinta-feira (futebol e pecuária), além de eventuais participações em eventos, como comissões julgadoras de concursos literários, palestras em escolas, etc.
É tanta coisa, que um compromisso a menos, de alguma forma, me soava como um alívio, um refrigério (eventualmente, gosto de palavras antigas), porquanto por mais que se faça tudo com prazer e alegria, o acúmulo de tarefas acarreta desgaste e cansaço.
Mas escrever é preciso, além de petições e arrazoados jurídicos, é claro. Por isso, minhas resistências aos poucos se deixaram vencer e aquiesci em escrever um texto semanal aqui neste precioso e consagrado espaço da mídia eletrônica santa-mariense. Não fora este um democrático, efetivo e respeitado instrumento de difusão de informação e de cultura e, provavelmente, minhas resistências “resistiriam”.
Assim é, amigos, que a partir desta semana, como o novo/velho chefe já informou, às terças-feiras, cá estarei com uma crônica, um pequeno artigo, com um texto, enfim, que haverá de, gradativamente (é o que espero), se amoldar ao ritmo e ao gosto do novo – para mim – veículo. Penso que escrever aqui, não é como escrever crônica jornalística, ainda que o texto produzido tenha com ela, crônica jornalística, algum parentesco. Me deem um tempo, por favor, que eu aprendo!
Bueno, hoje é só para fazer o anúncio do casório. Semana que vem entro de sola (para ajustar as coisas à ideia do “futebolês” e da “contratação”) ou com uma flor na mão para abrandar o texto e suavizar o diálogo com os leitores (no jornal eu tinha 23, fidelíssimos) e fechar a ideia do “namoro” e da corte. Tomara que este casamento dure e dê bons frutos. Ah, e que o Claudemir não se arrependa da insistência que minou minha parcas resistências (para mim, não escrever é morrer aos poucos). Fraterno abraço.
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