KISS. Associação de Familiares não quer Promotores envolvidos em debate sobre Memorial. Saiba por quê
Uma reunião realizada em janeiro acabou se transformando no estopim de uma decisão que, tomada no mesmo dia da eleição da nova direção da Associação dos Familiares e Sobreviventes da Vítima da Tragédia (AVTSM), foi formalizada nesta segunda-feira. O quê? Um ofício enviado ao Conselho Nacional do Ministério Público, exige que os Promotores de Justiça de Santa Maria se abstenham de reuniões para tratar, por exemplo, do “Memorial às Vítimas”, com “investigados ou indiciados em atos de qualquer espécie, especialmente aqueles que ainda podem ser denunciados pelos seus atos omissos em relação à tragédia”. A AVTSM, por seu presidente, Sérgio Silva, “clama mais uma vez pela intervenção do Conselho”.
Mas, o que houve em janeiro? Conforme a Ata obtida pela AVTSM, e cuja cópia você também confere em linque logo mais abaixo, houve uma reunião da qual participaram, no auditório do Ministério Público de Santa Maria, também, o prefeito Cezar Schirmer e a vereadora Sandra Rebelato, além de pelo menos um pai de vítima e outras pessoas, conforme a Ata.
Do encontro, por iniciativa exatamente do familiar, surgiu a ideia de conversar antes com integrantes da Associação. O que foi feito ainda naquele mês, mas sem a presença de autoridades municipais.
Conforme disse ao editor, via Feicebuqui, na noite desta segunda, a questão do Memorial deve ser, sim, discutida, mas sem a interferência do Ministério Público. Também desgostou aos familiares reunidos na AVTSM, a participação da parlamentar.
Para entender melhor, só mesmo lendo os dois documentos.
Um, a Ata da reunião do dia 9 de janeiro, você confere AQUI.
Outro, o ofício encaminhado ao Conselho Nacional do Ministério Público, está AQUI.
Bem que gostaria de saber como foi a conversa dos pais com o sr. vice procurador do estado. Algo me diz que não foi nada agradável. Também posso estar enganado..
Um desrespeito fazer reunião com pessoas que são envolvidas na tragédia para decidir um assunto que no momento nos revolta muito.Não gosto da palavra memorial,meu filho esta no meu coração,mas também entendo que temos que fazer um marco para que isto nunca mais se repita.Então o memorial é nosso só quem tem legitimidade de decisão são os pais.Ninguém além de nós poderá tomar qualquer atitude sem consulta prévia,são nossos filhos é em " memória" a eles.Eu não dou autoridade a ninguém fazer qualquer coisa que envolva o nome de meu filho sem minha permissão muito menos a estas pessoas que estavam nesta reunião.