É verdade que a ideia dos congressistas era outra. Mas o VETO parcial (que, claro, ainda pode ser derrubado – o que, no entanto, é considerado improvável) da presidente Dilma Rousseff ao projeto aprovado pelo Congresso, mantém as atuais condições para que o político troque de partido sem perder o mandato. Uma delas é a “grave discriminação pessoal dentro da agremiação política”. Mas a mais importante é a continuidade da regra que permite a mudança para ingressar em “partido totalmente novo”.
É onde entra o ressurgimento do Partido Liberal (PL), que já pediu seu registro no Tribunal Superior Eleitoral. Ao ser criado, o que não deve demorar, receberá, estima-se, boa parte dos descontentes com a sua atual sigla e que temem perder o mandato.
Taí uma alternativa para os santa-marienses que quiserem virar a casaca. Mas, atenção: trata-se de partido que, em seguida, deve fundir-se com o PSD do ministro Gilberto Kassab (que inspirou a volta do PL) e virar governista. Se a ideia é ficar na oposição, não seria o caminho.
Estará o editor delirando? Sempre é possível. No entanto, é conveniente ler o material publicado originalmente na versão online do jornal O Globo, para ver quem está por trás de tudo isso e o que poderá acontecer. A reportagem é de Cristiane Jungblut, com foto de Reprodução. A seguir:
“Após sanção de lei, Kassab nega manobra e não descarta fusão do PSD…
…O ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), negou que seja o articulador da criação do PL (Partido Liberal), o novo partido cujo registro foi pedido esta semana no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apesar de ser apontado principalmente pelo PMDB como idealizador do novo partido, Kassab disse que o partido está sendo formado por “companheiros que queriam entrar no PSD” e disse que nada está sendo feito “às escondidas”. Ele não descartou uma fusão no futuro entre o PSD e o PL, afirmando que são partidos “muito próximos”.
Kassab falou sobre o assunto depois de participar de uma audiência na Comissão de Desenvolvimento Regional do Senado, onde falou sobre as ações do Ministério das Cidades.
— Não é um PSD alternativo. Nós não temos nenhuma participação direta ou indireta. São companheiros do PL na sua grande maioria que queriam entrar no PSD e não entraram, estão formando um outro partido. É público que são pessoas próximas do PSD por conta dessa sua realidade. São companheiros que queriam sair dos seus partidos e entrar no PSD e, no momento certo, ficaram com receio. Isso é público. Vocês conhecem os companheiros, sabem disso, não tem nada feito às escondidas. Eu não participo desse projeto — disse Kassab…”
PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.
Cascata do primeiro ao quinto. PMDB não se rebelou só por causa da investigação dos figurões, a criação de um novo partido para abrigar parte da base alugada "mais barateira" é pedra cantada.
O editor está delirando, sem dúvida, porque afirma que a derrubada do veto é considerada improvável e não esclarece quem pensa desta forma e nem o motivo que os leva a pensar assim.