Arquivo

Estranho! PMDB e PT têm nome à presidência da Câmara. Mas falam em convergência

Arlindo Chinaglia foi escolhido pela bancada petista para concorrer à presidência da Câmara dos Deputados. O PMDB ainda não se definiu, o que deve ocorrer nas próximas horas, entre, Geddel Vieira Lima e Eunício de Oliveira ou, muito improvavelmente, um terceiro nome. O curioso é que, como escreve o comentarista Franklin Martins, da TV Bandeirantes, em sua página na internet, as lideranças dos dois partidos não falam em confronto, mas em “convergência”.

São, o PT e o PMDB, como se sabe, as duas principais agremiações a compor o governo de coalizão proposto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva – que pode ser o grande perdedor nessa estranha unidade entre times com candidatos próprios. Sem falar que o próprio Lula experimentaria uma preferência pessoal e política pelo atual presidente do Legislativo, o comunista do B, Aldo Rebelo, ainda que não rejeite nem os nomes do peemedebismo, menos ainda o petista.

Com tudo isso, o quadro é de absoluta indefinição. É verdade que faltam 50 e poucos dias para o pleito, mas já há quem perceba, no horizonte, uma terrível possibilidade: a eleição de um Severino Cavalcante qualquer, que, vindo debaixo, ou do lado, ou atrás, atropele os candidatos governamentais e leve o prêmio da Presidência da Câmara, e à instabilidade ao parlamento – sem falar nos problemas que criaria para o governo que, mesmo com maioria parlamentar, seria derrotado por sua própria incompetência.

Em todo caso, há indicadores de que, de fato, pode haver um entendimento entre os contendores. Será? Sobre esse imbróglio todo, vale a pena ler o que escreve Franklin Martins. Acompanhe:

”Conseguirão os governistas se entender na Câmara?

O PT lançou ontem a candidatura do deputado Arlindo Chinaglia à presidência da Câmara. Já a bancada do PMDB deve proclamar hoje que lhe cabe indicar o próximo ocupante do cargo. Apesar disso, deputados influentes dos dois partidos garantem que o clima não é de confrontação, mas de convergência. Nas palavras de um líder do PT, “o lançamento das candidaturas é um começo de conversa, e não um fim de papo”.

A avaliação predominante é de que a base governista chegará a algum tipo de entendimento nas próximas semanas. Muitos acreditam que o fato de o PMDB, até o momento, ter se limitado a defender uma tese – a de que tem o direito de presidir a Câmara -, sem ter se aglutinado ainda em torno de um candidato, seja um sinal de que o partido poderá recuar da postulação mais adiante. Em conversas reservadas, os caciques pemedebistas admitem que dificilmente a legenda terá condições de emplacar, ao mesmo tempo, os presidentes da Câmara e do Senado. Se Renan Calheiros se consolidar no Senado, como parece o mais provável, o partido terá de abrir mão da reivindicação de comandar a Câmara.

Nesse caso, restariam dois nomes da base governista no páreo: Chinaglia e o atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo. O PMDB se converteria, então, no fiel da balança da disputa, credenciando-se a receber compensações significativas do vencedor, seja na formação do ministério, seja na composição da mesa e das comissões da Câmara. Nessa negociação, evidentemente, não entraria a eleição no Senado, porque se dá por descontado que Renan Calheiros terá o apoio de toda a base governista, em qualquer circunstância. Afinal, é seu único candidato.

Em tese, o PMDB tende mais para Chinaglia do que para Aldo. Afinal, o PT, por ocupar mais posições no Executivo e no Legislativo, tem mais condições do que o PCdoB de fazer concessões em outras áreas. No entanto, se a candidatura de Aldo mostrar-se mais viável que a de Chinaglia, desenhando-se o desfecho preferido por Lula, o PMDB poderia inclinar-se nessa direção, cacifando-se junto ao presidente.

Assim, tudo indica que, nas próximas duas semanas, Chinaglia e Aldo medirão força nos bastidores. Chinaglia larga com o apoio do PT e da maioria dos deputados do PTB, do PP e do PR (ex-PL). Além disso, enfrenta menor resistência no baixo clero, que não gostou de algumas decisões moralizadoras do atual presidente da Casa.

Já Aldo conta com a simpatia dos partidos situados mais à esquerda: o PCdoB, o PSB e o PDT. Em termos numéricos, considerando-se apenas a base governista, sai, portanto, em desvantagem. Mas tem um trunfo importante: o apoio discreto do PFL e de parcelas do PSDB. Se houver uma disputa em plenário entre os dois, a oposição descarregará seus…”


SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a página de Franklin Martins na internet, no endereço http://www.franklinmartins.com.br/post.php?titulo=conseguirao-os-governistas-se-entender-na-camara.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo