O editor tem dito e escrito duvidar que o governo federal, que tenta promover um ajuste fiscal e faz uma série de cortes no orçamento, consiga minimamente atender aos reclamos do funcionalismo. Ainda mais que, como reivindicam algumas categorias, o reajuste salarial pretendido seja de 27,3%.
Bem, só o que o sítio não imaginava era que a franqueza fosse estampada tão rapidamente, numa primeira audiência entre sindicalistas e representante do governo. Mas foi o que aconteceu, como relata (inclusive com a posição de liderança da categoria) material do Andes, o sindicato nacional dos docentes federais, reproduzido no sítio da Seção Sindical dos Docentes da UFSM. Acompanhe:
“Planejamento descarta reajuste de 27,3% a servidor federal…
… Depois de mais de três horas de reunião com representantes das 32 entidades que compõem o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais e de mais 14 entidades sindicais e cinco centrais, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, declarou que o objetivo do governo é diminuir o peso da folha de pagamento do funcionalismo no orçamento da União e que não há espaço fiscal para atender a reivindicação de reajuste linear de 27,3% apresentada pelo Fórum dos SPF.
“Nós mantemos nossa diretriz já adotada em anos anteriores de promover uma redução gradual do gasto primário com folha de pagamento em relação ao percentual do PIB. Esse gasto primário vem caindo”, disse Barbosa, em entrevista após a reunião. O ministro lembrou que em 2002, último ano do governo de Fernando Henrique Cardoso a folha representava 4,8% do PIB, já em 2012, caiu para 4,2%, com pequena elevação no ano passado – 4,3% – devido à desaceleração do crescimento econômico.
O ministro do Planejamento destacou ainda que a intenção do governo é fechar um acordo para mais de um ano, que possibilite que o gasto da União com a folha continue caindo ao longo dos próximos anos. Barbosa condicionou a possibilidade de negociação à recuperação do PIB e ainda, que não reconhece a perda salarial apresentada pelos servidores.
De acordo com o presidente do ANDES-SN, Paulo Rizzo, durante a reunião, o ministro apresentou o problema das contas do governo, destacou que houve um resultado negativo em 2014 e que o todo o esforço do governo neste momento é para reverter essa situação. “No entanto, a fórmula que eles apresentam é o ajuste fiscal, com retirada de direito dos trabalhadores e redução da folha de pagamento do funcionalismo, o que pode representar a terceirização de várias funções no serviço público”, alerta Rizzo
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O governo federal sempre gastou demais com folha de pagamento. Governo não foi feito pra dar emprego. Tem servidor público demais, pra instituição pública demais, ganhando demais.