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TRABALHO. Ministério interdita Frigorífico Silva e diz que havia “situação de risco” para os trabalhadores

Força Tarefa chegou na parte da manhã ao Frigorífico Silva, na zona sul de Santa Maria
Força Tarefa chegou na parte da manhã ao Frigorífico Silva, na zona sul de Santa Maria

Uma série de melhorias foi exigida de outros frigoríficos gaúchos alvo da força tarefa do Ministério do Trabalho (com a participação do Ministério Público do Trabalho). Isso aconteceu, entre outras comunas, em Passo Fundo e Lajeado. Nesta sexta-feira, foi a vez de o Frigorífico Silva, de Santa Maria, receber a visita dos fiscais.

O empreendimento da boca do monte, que emprega perto de 800 trabalhadores (a terceira ou quarta maior organização privada da cidade, em número de funcionários) e exporta para vários Estados brasileiros e o exterior, teve suas portas fechadas (ele ainda funcionou hoje, enquanto havia animais para abate) e só voltará a funcionar quando as medidas solicitadas pelo MTE e pelo MPT forem atendidas.

Mais informações você tem no material produzido pela assessoria de comunicação do Ministério Público do Trabalho. O texto e a foto são de Flávio Wornicov Portela. A seguir:

Risco aos trabalhadores interdita Frigorífico em Santa Maria

 O Frigorífico Silva Indústria e Comércio Ltda., que abate bovinos, em Santa Maria (município localizado na região Centro do Rio Grande do Sul, a 290 km da Capital, Porto Alegre), foi interditado no final da manhã de hoje (20/3) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), devido à constatação de situação de risco grave e iminente à saúde e à integridade física dos trabalhadores.  Durante a paralisação dos serviços, em decorrência da interdição, os empregados devem receber os salários como se estivessem em efetivo exercício, nos termos do §6º do art. 161 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

A interdição resulta da primeira operação da força-tarefa 2015 que investiga meio ambiente do trabalho em frigoríficos gaúchos bovinos e suínos. A ação na planta localizada na BR 392, Km 8, bairro Passo das Tropas, foi realizada de terça (17) a sexta-feira (20). A diligência foi organizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pelo MTE. A inspeção contou com apoio do movimento sindical dos trabalhadores e participação da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio Grande do Sul (CREA-RS) e do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) da Região Centro, com sede em Santa Maria. A planta abate, em média, 690 cabeças. São 65% machos e 35% fêmeas, das raças Angus e Hereford, na maioria. Cada exemplar pesa 480 kg em média.

Estão interditados todos os trabalhos do setor de atordoamento; mesa de evisceração; plataforma de elevação com o posto de trabalho da serra de carcaça; centrífuga de língua, carne picada e nervos; todas as centrífugas do setor de bucharia suja e da sala de resíduos; máquinas embaladoras de paletes, marca Reypel – aplicadores de filmes Strech – do setor de congelados e do setor de expedição; máquina picadora de charque (cubertadeira), marca Ibrasmak, no setor de charque; elevador de carga do setor de costelas; estufa do setor de charque; centrífuga de peró no setor de triparia; serras fita dos setores de bucharia suja, costela e desossa; setor de abate – trabalho nas plataformas com risco de queda para os trabalhadores; setor de expedição de pendurados (setor de tendal); setor de sala de corte (quartejo); setores de câmaras de resfriados , câmaras de congelamento e expedição caixaria; e setor de desossa…” 

PARA LER A ÍNTEGRA, NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI.

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3 Comentários

  1. "exigências absurdas e criadas por profissionais que não são formados nas áreas em que atuam…
    Bom!
    Quais são os apontamentos? Dialogo,para adequarmos,
    PRAZO para executar.
    Paralisar à produção( de uma produtora de proteína,) mão de obra…equipamentos..Não parece ser à melhor solução.
    Simples dialogo.

  2. exigências absurdas e criadas por profissionais que não são formados nas áreas em que atuam. Será que o CREA acoberta exercício irregular da profissão? Ou quem assina os laudos e a autuações são engenheiros mecânicos (no caso das máquinas, p.ex.?)

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