CAMPO. Assembleia debate situação da Apicultura e Valdeci defende criação de grupo para apoiar o setor

O Rio Grande do Sul tem nada menos que 35 mil apicultores. Que produzem até 12 mil toneladas de mel por ano. Um desempenho e tanto do setor, que merece o apoio do Estado. Um dos que pensa assim é o deputado Valdeci Oliveira, entre os que propuseram audiência pública realizada hoje, nas comissões de Saúde e de Agricultura do parlamento gaúcho.

Santa Maria, aliás, tem importância peculiar para o setor, tanto que é daqui, por exemplo, Silvio Lengler, presidente da Confederação Brasileira de Apicultura. Para saber mais do encontro de hoje, das demandas da apicultura e do que ainda pode acontecer, acompanhe material distribuído pela assessoria de imprensa do deputado petista. O texto e a foto são de Tiago Machado. A seguir:

“Em audiência, deputado Valdeci defende comissão para apicultura

As associações que representam a apicultura gaúcha ganharam a adesão da Assembleia Legislativa na reivindicação por mais apoio ao setor. Em uma audiência pública realizada nesta quinta (16), em Porto Alegre, as Comissões de Saúde e Meio Ambiente e de Agricultura do Parlamento Gaúcho ouviram representantes do setor e encaminharam propostas para aumentar a produção de mel no Estado.

O deputado estadual Valdeci Oliveira (PT), um dos proponentes da audiência, defendeu a criação de um comissão especial ou de uma subcomissão específica na Assembleia Legislativa para tratar da apicultura. “É um setor que cresce muito a cada ano e que pode crescer muito mais no Rio Grande do Sul. Apesar de sermos os maiores produtores do país, temos condições de avançar mais e de gerar um alternativa econômica concreta para o Estado. A Assembleia pode ajudar nesse processo”, explicou.

O presidente da Federação Apícola do Rio Grande do Sul, Aldo Machado, apresentou a situação atual do setor no Estado, que conta com 35 mil produtores e produz uma média de 10 a 12 mil toneladas de mel por ano. “Temos totais condições de, em dois anos, dobrarmos essa produção. Mas é necessário mais assistência técnica e tecnológica”, alertou. 

Machado também relatou que o Brasil produz em média 20 quilos de mel por colmeia, enquanto na Europa, que apresenta clima mais adverso, a média é 100 quilos por colmeia. “Temos de tirar a apicultura brasileira do passamos e colocarmos ela no presente e no futuro. Para isso, é preciso investir na profissionalização da cadeia”, destacou.

O presidente da Confederação Brasileira de Apicultura, Silvio Lengler, que é de Santa Maria, apontou como barreiras a fuga de abelhas da zona rural, em função do uso indiscriminado de agrotóxicos no campo, e a problemas de legislação. “Não há um critério unificado de fiscalização da produção. Faltam também mais apoio e políticas públicas dos governos”, acrescentou.

Ao final da audiência pública, ficou acertada a realização de uma reunião no dia 29 de abril, às 15h30min, na sala da Comissão de Saúde da Assembleia, para dar encaminhamento às questões levantadas no debate, entre elas, a criação de uma comissão especial na Assembleia para o setor. O encontro contará com a presença de deputados e de  representantes do governo do Estado e das associações que representam os apicultores gaúchos.”