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CEM DIAS. No balanço feito por Sartori, economia de R$ 120 milhões e corte orçamentário de R$ 1,07 bilhão

Festejo? Por enquanto, corte de despesas. No mais, Sartori lembrou o sufoco financeiro
Festejo? Por enquanto, corte de despesas. No mais, Sartori lembrou o sufoco financeiro

O corte de gastos inicial no governo de José Ivo Sartori significou uma economia de R$ 120 milhões. A medida anunciada há cerca de um mês, com a tesourada em cerca de 21% na previsão orçamentária vai levar a uma redução de R$ 1,073 bilhão nos gastos do Estado ao longo de 2015.

Do ponto de vista, digamos, financeiro esses são os principais fatos apresentados nesta sexta-feira no Seminário do Governo, evento realizado no 100º dia da administração estadual empossada em 1º de janeiro. Há, claro, outras questões e também conquistas listadas pelo governador e os secretários escalados para uma entrevista coletiva no final da manhã.

Para saber mais do que se disse ter sido feito e que se pretende fazer, vale conferir o material originalmente publicado pelo jornal eletrônico Sul21. A foto é de Luiz Chaves, do Palácio Piratini. A seguir:

Primeiros 100 dias foram de ‘trabalho e austeridade’, diz Sartori

Redução, limitação, proibição e restrição. Estes são os verbos que marcam a lista de 89 ações apresentadas pelo governo de José Ivo Sartori (PMDB) nesta sexta-feira, 10. Ao completar 100 dias a frente do Palácio Piratini, o governador liderou um seminário no Centro de Treinamento da Procergs e apresentou o balanço dos primeiros meses da administração estadual. O lema do encontro levou a marca que Sartori atribui à sua gestão: trabalho e austeridade.

O evento ocorreu durante toda a manhã, mas a imprensa teve acesso apenas em rápido momento da palestra do governador. Apoiado por um powerpoint sem dados, Sartori se apoiava nas frases e conceitos apresentados nas lâminas para nortear seu discurso. Algumas notícias nacionais mostravam que as dificuldades econômicas, principal argumento da pouca efetividade nas ações do governo, não são exclusividade do Rio Grande do Sul. “Temos que olhar para o contexto global. A crise é de todos os países, inclusive do Brasil. Existem 14 estados com situação igual ou pior que a nossa”, falou Sartori.

Coube aos secretários da Casa Civil, Márcio Biolchi; da Educação, Vieira da Cunha e da Saúde, João Gabardo a linha de frente com os jornalistas. A coletiva dos 100 dias de governo reforçou o documento entregue aos funcionários de governo no seminário e aos jornalistas. Entre as ações executadas estão uma série de medidas adotadas no governo anterior, entre elas atrações de empresas, operações de crédito para reformas em escolas e aquisição de viaturas para a segurança pública.

“Atraímos sete novos empreendimentos com investimento superior a R$ 9,5 bilhões. Muitos firmados antes da posse, outros depois. Mas não temos problemas em afirmar isso. Não queremos fulanizar as ações do estado”, disse o secretário Biolchi.

Entre as empresas instaladas no RS, um centro de distribuição da Ford, em Gravataí, a expansão de três unidades da Yara Fertilizantes, em Rio Grande. Já das operações de crédito firmadas no governo de Tarso Genro, a gestão atual autorizou R$ 42 milhões para continuar as reformas em escolas. “Honraremos este contrato. Assim como também entregamos 240 viaturas na área da segurança e garantiremos os 12% do orçamento na área da saúde”, falou o secretário da Casa Civil.

Sobre as medidas concretas da atual gestão nestes 100 dias de governo, o secretário disse que a sinceridade em transparecer as dificuldades das finanças do estado e o enxugamento do tamanho das pastas e quantidades dos cargos representam “a maior conquista” nestes primeiros meses. “O que se poupa com salário de dez secretários a menos não é o principal, mas isto reduzir custeio e o arquipélago de secretarias, favorecendo a articulação entre as áreas”, avaliou Biolchi. Ele diz que foi possível criar um bom ambiente interno e alcançar o controle dos fluxos de caixa neste período, “mas 100 dias é um prazo curto para os resultados aparecerem na rua”.

O discurso do secretário estava em sintonia com o do governador no momento da palestra. “Os desafios que temos, eu tenho toda humildade em dizer, não são coisas para um governo só”, disse José Ivo Sartori que concluiu sua apresentação com a última lâmina dizendo que ‘vamos fazer o que é preciso para o Rio Grande crescer’.

Na prática, o governo Sartori apresentou os dois decretos que cortaram 35% dos Cargos em Comissão, 25% das despesas de custeio e todas as secretarias, suspendeu novos concursos e a nomeação dos aprovados no último concurso, proibiu a contratação ou renovação de consultorias e convênios e, com isso, economizou R$ 120 milhões. O outro decreto readequou o Orçamento 2015 para cortar 21% de todas as secretarias, fundações e autarquias, o que garantiu redução de R$ 1,073 bilhões.

Salários sem garantias e piso do magistério só com dinheiro da União

Sobre a falta de garantias nos pagamentos dos salários dos servidores e do cumprimento de reajustes para as categorias, a equipe do governo não afirmou ter previsão de conseguir dar garantias ao funcionalismo. “Mesmo que a situação fosse de otimismo e não os R$ 5,4 bi de déficit nós não iríamos garantir os reajustes. Não podemos ser otimistas demais, nem pessimistas demais. Temos que ser realistas”, falou Biolchi.

Os secretários disseram que compartilham da ansiedade dos servidores todos os meses e que gostariam de pagar os reajustes do salário mínimo regional e o piso do magistério, mas dependerão da ajuda do governo federal. “Temos uma reunião com o novo ministro da Educação (Renato Janine) na próxima semana e vamos defender a necessidade de recursos da União para os estados e municípios poderem cumprir com o piso do magistério. Como é o slogan do governo ‘Pátria Educadora’ estamos esperançosos que vamos conseguir”, disse Vieira da Cunha.”

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