IMPRESSA. Na coluna desta sexta, a revolução que pode significar o voto distrital na eleição para vereador
Você confere a seguir, na íntegra, a coluna do editor do sítio, publicada na edição desta sexta-feira, 24 de abril, no jornal A Razão:
Uma revolução: voto distrital para vereador
Afora a consolidação (antes de eventual recadastramento) da possibilidade de decidir-se a eleição para prefeito em dois turnos, mudança aprovada no Senado quarta-feira pode tornar bastante diferente o pleito para vereador por aqui.
Se a Câmara dos Deputados confirmar a proposta até 2 de outubro, os edis das comunas com mais de 200 mil eleitores serão eleitos por distritos. No caso local, 21, em divisão a ser feita pela Justiça, atendendo critérios geográficos e do números de eleitores.
Se estaria assistindo à grande novidade do pleito de 2016, e que demandará esforço especial dos partidos. Afinal, terão que apresentar candidatos em todos os distritos. Aliás, só um por sigla para cada localidade. Isso, mais o fim das alianças proporcionais, significará grande revolução, inclusive, no jeito de fazer campanha. Sem falar que em Santa Maria a sobreposição, hoje, de nomes em algumas regiões implicaria em extraordinária renovação.
QUEM GANHA
A zona rural e os distritos mais distantes, numa mudança da lei, seriam os grandes vencedores. Afinal, para ficar em dois exemplos, Boca do Monte e Santa Flora, com absoluta certeza elegeriam um de seus moradores (lá domiciliados eleitoralmente) para a Câmara.
QUEM PERDE
Os vereadores que têm voto em toda a cidade (e há um punhado deles, hoje) são os que mais têm a perder, com a mudança já aprovada no Senado. Eles terão que escolher um local e torcer para que a concorrência, inclusive de atuais colegas, não ocorra. Ainda assim, acabará dando confusão, com vários parlamentares disputando uma única vaga, dependendo do seu domicílio eleitoral.
MENOS TROCO E…
Apesar da natural confusão inicial (supondo que a proposta seja chancelada pelos deputados), a criação do edil distrital tem mérito prático indiscutível: vai baratear bastante a campanha. Afinal, candidatos não precisarão se deslocar por toda a cidade, concentrando-se só na sua região. E ir de casa em casa será a forma mais fácil de buscar voto.
…MENOS CANDIDATOS
Consequência natural da mudança é a limitação numérica dos concorrentes. Mesmo partidos maiores terão dificuldade para encontrar 21 nomes em áreas distintas. E os menores vão priorizar algumas regiões. Provavelmente haverá, também, candidatos mais qualificados. Até porque em número menor.
bom esqueceriamos o desenvolvimento global da cidade, o vereador fulaninho arruma favor no posto mais perto e se perpetua no poder, esses senhores esqueceriam o desenvolvimento de santa maria como um todo.e alguem que lutasse pelas minorias negros ,indios ,homosexxuais se elegeria …claro que não só o com maior poder economico e a disputa ficaria só entre aqueles grandes partidos corruptos PT PSDB PMDB PP DEM PSD …
Até prova em contrário, história da carochinha. PT não quer reforma política/eleitoral que não seja a dele. Também não quer (e nisto é apoiado pelo PSB e partes do PDT) cláusula de barreira (ou similar) que atinja as filiais PSOL e PSTU. E o papo contra partido de aluguel desta gente também é pura balela. Vide 39 ministérios. Vide tentativa de criar outro partido com Kassab e Ciro Gomes. Partido de aluguel só é ruim quando não conseguem alugar.
Tem gente que é contra o voto distrital porque o voto seria na pessoa e não nas idéias. Bueno, maior parte da população vota assim. Não existe qualquer motivo para acreditar que a situação irá mudar. Não são todos que se dispõe a usar uma coleira com o símbolo do partido.
A grande vantagem é fazer o político trabalhar. Para se reeleger vai ter que mostrar serviço. Esta conversa de que trocou nome de rua lá não sei onde, apresentou projetos, etc. não vai colar mais. Como o deputado federal é despachante de municípios em BSB, o vereador vai virar despachante do distrito na prefeitura. Alguém pode dizer que a discussão "do todo" vai se perder. Balela. Nem todos os distritos teriam problemas de pichação, mas duvido que algum não tenha problema com calçadas, buracos na rua, trânsito, etc. E o "estratégico"? Bueno, mais trabalho e menos balela. Política é para resolver problemas, não para ficar enrolando.