EconomiaMídia

INDÚSTRIA. Desempenho do setor mostra como é, mesmo, um grande mito a tal ‘imparcialidade’ da mídia

Produção industrial brasileira caiu. Em oito regiões melhorou, em seis piorou. E agora?
Produção industrial brasileira caiu. Em oito regiões melhorou, em seis piorou. E agora?

De pronto, que se diga: o editor não está julgando, apenas relatando. Veja o caso. O IBGE divulgou hoje o desempenho da indústria brasileira. Havia três possibilidades de destacar o fato, pela mídia. Um deles: oito das 14 regiões pesquisadas apresentaram desempenho positivo. Considerando todas, a produção recuou – era uma segunda possibilidade.

E a terceira? Essa, a escolhida pelo portal G1, das Organizações Globo. Não é mentira. Mas não é toda a verdade. O editor teve que escolher. É função dele, claro, mas sempre se leva em conta o que a direção da “casa” pensa. Ou não é? Ah, confira você mesmo, a seguir. A foto é de Reprodução. Acompanhe:

Produção da indústria cai em 6 de 14 locais em fevereiro, diz IBGE

A produção industrial brasileira caiu em 6 de 14 regiões em fevereiro, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta terça-feira (7).

As maiores baixas partiram do Rio de Janeiro (-7,1%), com a queda mais intensa desde janeiro de 2012, e da Bahia (-6,4%), que recuou pelo terceiro mês seguido. Também mostraram resultado negativo Pernambuco (-2,3%), Minas Gerais (-1,9%), Nordeste (-0,7%) e Espírito Santo (-0,4%).

Na outra ponta, apresentaram alta as produções do Pará (3,4%), de Goiás (3,2%), do Paraná (2,4%), do Amazonas (2,2%), do Rio Grande do Sul (1,6%), do Ceará (1,1%), de São Paulo (0,3%) e de Santa Catarina (0,2%).

Considerando todas as regiões, a produção da indústria brasileira recuou 0,9% em fevereiro na comparação com o mês anterior, de acordo com anunciados na semana passada. Em janeiro, a atividade fabril avançou 0,3%, dado revisado, depois de interromper duas altas seguidas.

Na comparação com fevereiro do ano passado, a indústria caiu 9,1%, a 12ª baixa negativa seguida e a mais forte desde julho de 2009 (-10%). A retração foi influenciada pela queda de cerca de 30% na produção de veículos…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

2 Comentários

  1. A manchete do editor do blog provavelmente seria "Produção da indústria sobe em 8 de 14 locais em fevereiro diz IBGE". Só que a variação é em relação a janeiro de 2015. O que também é uma parte do todo.
    A manchete realista (não chapa branca) seria: "Produção da indústria brasileira caiu 9% no último ano conforme o IBGE".

    NOTA DO SÍTIO – o editor não sabe qual seria a manchete (inclusive porque a nota não trata disso), mas, de todo modo, o leitor concorda com o principal: a imparcialidade é um mito. E muito conveniente, aliás. A propósito: a manchete sugerida não é ruim. Mas é parcial. Como todas, com a diferença que o editor não defende imparcialidade inexistente.

  2. Eu faço a seguinte analogia: se em um navio está entrando água por 6 das 14 escotilhas, e este navio por consequência está afundando, a manchete tem que refletir este fato.
    Embora houve queda apenas em 6 das 14 regiões, o fato mais relevante é que o navio está afundando.

    NOTA DO SÍTIO – o editor concorda com o leitor. No entanto, olha a curiosidade, não foi a escolha do G1, que preferiu dar atenção a uma parte do todo. Objetivamente: as hipóteses, jornalisticamente, são todas aceitáveis. Mas indicam, e é isso que o editor se propôs a explicar, que INEXISTE imparcialidade. Afinal, quando há escolha, vários fatores entram em jogo, na cabeça de quem edita.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo