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Mundo da fantasia – por Bianca Zasso

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Na semana que passou, esta que vos escreve participou de dois momentos muito bacanas na capital dos gaúchos. O primeiro foi o curso Ficção Científica dos anos 50, promovido pela produtora Cine Um e ministrado por um expert no assunto, o paulista Carlos Primati. Foram quatro dias de muito aprendizado e nostalgia, já que o sci-fi foi um gênero que fez parte da minha infância. Planeta proibido, O dia em que a terra parou e Gojira ajudaram a formar a cinéfila que sou hoje e aprender mais sobre ele, além de descobrir outras pérolas, é um prazer.

Terminado o curso, começou a quarta edição da Odisseia de Literatura Fantástica, que reuniu fãs, escritores e estudiosos do assunto. De adolescentes que não perdem um episódio de Game of Thrones até que passou para os filhos o carinho pelos gibis ambientados em mundos fantásticos, a Odisseia foi um lugar de trocas e boa conversa. E por falar em conversa, todo este papo foi para falar como a fantasia está nos nossos dias e a gente nem percebe.

Mesmo com o bom público dos eventos citados no parágrafo acima, há quem não veja fundamento em pessoas que curtem e estudam livros e filmes que abordam um universo mágico. O principal argumento é que se dedicar a conhecer um mundo fantástico seria um modo de fugir da realidade. Concordo com a ideia, pois acredito que nenhum ser humano equilibrado passa a vida toda com os pés cravados no chão. Um pouco de sonho acalenta nossos dias e ajudam a encarar o tal “mundo real”.

Porém, acredito que o público que fica ansioso pela estreia de novas temporadas repletas de dragões ou que vai até a livraria conhecer os novos capítulos da saga de um bruxo é privilegiado. Por trás de toda a fantasia, há uma matéria-prima conhecida: a vida. Os animais podem até voar e as rainhas podem ter poderes sobrenaturais, mas os conflitos e as dúvidas são humanas.

No fundo, toda ficção, por mais surreal que pareça, conta histórias de pessoas como nós e que precisam resolver seus problemas. A conta de luz atrasada não deixa de ser o monstro gigante do cotidiano. O trânsito caótico, nossa batalha diária. Somos heróis e nem percebemos.

Fica o meu pedido a você que acha perda de tempo ir ao cinema ou recostar-se na poltrona para desfrutar de uma história fantástica. Reserve algumas horas e dê uma chance. Faça com atenção, sem desdém gratuito. Encare como um desafio. E prepare-se para ser vencido.

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